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Trief

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24 de maio de 2011

BASTA DE VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER

Sem dúvida, não é de hoje que a imposição a uma subordinação da mulher em todos os seus aspectos seja por todos conhecida, pois encontramos raízes nocivas deste triste acontecimento desde o primeiro alicerce fundado na construção da falsa ideologia, até então aceita, “da superioridade do homem”, esta já existente há 2.500 anos nos continentes antigos, onde a mulher era vista apenas como um objeto ou, quando muito, um mero brinquedo de luxo. Entretanto, mesmo diante desse reprovável quadro de gritantes absurdos, várias culturas ainda aprovam, toleram ou mesmo justificam diversas e diferentes atrocidades que são endereçadas contra a mulher, sendo essas atitudes fruto de normas de conduta distorcidas a respeito do papel e das responsabilidades de homens e mulheres na sociedade. A cada 15 segundos uma mulher é agredida no Brasil, em razão do uso abusivo de bebida alcoólica de seus companheiros ou por ciúme doentio destes, fazendo com que elas apontem que o problema que mais as afligem hoje é a violência doméstica. Aqui “desobedecer” o marido, retrucar, recusar sexo, não preparar a comida a tempo, falhar no cuidado das crianças ou da casa, questionar o cônjuge a respeito de dinheiro ou mulheres ou até sair de casa sem a sua permissão são motivos considerados como sendo ‘razoáveis’ para injustas e ilícitas agressões contra a mulher. A violência contra a mulher não respeita fronteiras de classe social, raça, religião ou idade. O número de vítimas de maus-tratos continua a aumentar de forma assustadora e, hoje, o problema é tão grave que virou também questão de saúde pública, mesmo após o advento da importante Lei Maria da Penha. Para enfrentarmos este flagelo são necessárias políticas públicas que atuem modificando a discriminação e a incompreensão de que os Direitos das Mulheres são também Direitos Humanos. Modificar o ignorante entendimento da subordinação de gênero requer uma ação conjugada e seriamente articulada entre os programas dos Ministérios da Justiça, da Educação, da Saúde, do Planejamento e todas as entidades protetivas existentes. Tais políticas públicas devem visar a equidade entre homens e mulheres, constituindo, um caminho digno e sério para alterar a violência em geral e de gênero em particular, fiscalizando o fiel cumprimento destas políticas citadas, sem nos esquecermos que o objetivo maior somente será cumprido com a plena e total participação da sociedade civil, pois, citando um adágio muito conhecido, “a violência, sob qualquer forma que se manifeste, é um fracasso”.

4 comentários:

  1. No meu ver a ignorância, a covardia e a burrice de certos homens, inabilidade policial e a morosidade e impubnidade da Justiça, é que tem feito a gente conviver com este drama que é a violência contra as mulhers... Principalmente por maridos, namorados... que se acham os grandes machos, que são super mal resolvidos na vida e totalmente frustrados.
    Luciano Borges

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  2. Rosângela Novais26 maio, 2011

    Sempre houve a Violência contra as Mulheres, o que falta é a Lei funcionar de verdade e acabar com os "Bruta Montes", que pensam que pode sair por aí metento a mão em quem não tem força para revidar. Queria ver "Mano a Mano", isto é, " Grandão com Grandão, nada de pegar uma mulher, que não aguenta nada, falo por mim, não sou de nada na força...

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  3. Geralmente a violência contra as mulheres ocorre devido a alguma dependência direta ou indireta dessas com seus companheiros que são indicados em pesquisas como os principais agressores. Haroldo Soares de Souza

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  4. Djlama da Silva26 maio, 2011

    É preciso haver uma campanha a nível nacional de combate à violência familiar vinculadas aos meios de comunicação estimulando a denúncia. E em Brasília que os nossos representantes assumam de fato o papel que devem exercer na sociedade sancionando as leis necessárias para que haja justiça no tratamento dos casos.

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