O ministro da Educação, Fernando Haddad, convocou as direções das duas instituições cariocas para uma reunião terça-feira em Brasília.
Segundo o MEC, o encontro servirá para desfazer o mal-entendido criado pela declaração de Martinha. Cerca de 800 crianças e jovens das duas instituições recebem os serviços especiais, do maternal ao ensino médio. A repercussão negativa da possibilidade de interrupção dos serviços fez a Comissão de Educação da Câmara dos Deputados colocar em pauta na próxima terça-feira a convocação do ministro Haddad. A intenção é discutir a política de inclusão de alunos com necessidades especiais nas redes públicas municipais e estaduais. Na Defensoria Pública da União no Rio, o defensor André Ordacgy informou que irá instaurar um procedimento investigatório para analisar a situação do Ines e do Benjamin Constant. - Os colégios públicos e também os privados não estão preparados para receber os alunos com necessidades especiais, tanto na questão de acessibilidade quanto pedagógica. Já temos ações nesse sentido - informa o defensor público da União. Está prevista para esta quinta-feira, às 10h, na Cinelândia, uma manifestação com entidades representativas de pais e de alunos com necessidades especiais contra a possibilidade de fechamento das duas instituições. - Queremos igualdade de oportunidades, mas a inclusão não ocorre de fato, pois não se colocam as tecnologias necessárias - conta a presidente da ONG Guerreiros da Inclusão, Sheila Melo, uma das organizadoras da manifestação. - Há alunos surdos, por exemplo, que não têm tradução simultânea em Língua Brasileira de Sinais (Libras) das aulas. PREFEITURA NEGA FALTA DE INTÉRPRETES EM ESCOLAS - Kátia Nunes, diretora do Instituto Helena Antipoff, centro de referência de educação especial da prefeitura, nega que haja alunos surdos sem acompanhamento por intérprete na rede municipal: - Nos efetivamos o direito do acesso às crianças com necessidade especial à escola. Elas passam por avaliação pedagógica e têm seu encaminhamento garantido ao colégio escolhido pelo pai do aluno, com professor e intérprete adaptado às necessidades deles. Kátia garantiu que há intérprete para Libras em número suficiente. A rede municipal tem 9.923 alunos com necessidades especiais, sendo 4.508 em salas especiais. (Ângela Góes).

As pessoas com necessidades especiais estão sempre sendo tratadas com desrespeito neste país. E nossas autoridades não as defende.Lamentável isso.
ResponderExcluirMarcos Ribeiro