A execução de um marginal em um cemitério de Ferraz de Vasconcelos em São Paulo, fato presenciado por uma corajosa mulher que
imediatamente denunciou o fato às autoridades não é um fato isolado. O crescente de violência na cidade mais rica do País tem sido alarmante, inclusive repetidas execuções de estudantes universitários por assaltantes, sem que nenhuma resistência fosse esboçada pelas vítimas. São Paulo que tem na redução da criminalidade e em especial dos crimes de morte, uma das maiores conquistas da gestão pública, parece cair no mesmo tsunami de violência que devasta o País. Embora a Bahia seja considerada um dos Estados mais violento no macabro cenário nacional da criminalidade, não podemos deixar de lamentar que a rica paulicéia também esteja sucumbindo ao terror. São Paulo era referência no exemplo de redução da criminalidade em território nacional. A onda de violência parece impregnar e infiltrar todos os tecidos da sociedade: Aconteceram a intolerância, o sectarismo e o preconceito: em um jogo de vôlei em Belo Horizonte, Michael, um destacado jogador da equipe do Vôlei Futuro foi hostilizado pela torcida mineira que o achacou de viado o tempo inteiro. O esportista, que aliás é excelente jogador, foi macho o suficiente para ir á mídia e afirmar que independente de ser gay ou não, aquilo é uma abominável selvageria. Espera-se que a Liga de Vôlei tome as devidas providências. Na Bahia não há no atual governo um mínimo empenho e um compromisso com a gestão da coisa pública e os números da violência deixam todos alarmados. E os números só fazem crescer. Estado rico, com preocupantes índices de qualidade de vida, nós precisamos sim de toda a ajuda do governo federal para combater a criminalidade. Sem esquecer as mazelas locais no combate à criminalidade. A corajosa mulher que denunciou os policiais criminosos e em seguida os enfrentou frontalmente, defrontar-se agora com o destino dos outros corajosos que enfrentaram de cara a violência: entrará para o Programa de Proteção de Testemunhas que é uma morte em vida: vão-se o emprego, os amigos, a moradia, entre outras perdas. Ficam o respeito e a admiração pelo exemplo de coragem e desprendimento. O Brasil hoje é um país impregnado pela violência no seu dia-a-dia. Muitos publicamente a rejeitam, mas intimamente utilizam-se dela corriqueiramente, seja no trânsito, onde se enterram diariamente 160 vítimas; nas relações pessoais, onde antes da argumentação, do debate, usam a afronta, a hostilidade.
imediatamente denunciou o fato às autoridades não é um fato isolado. O crescente de violência na cidade mais rica do País tem sido alarmante, inclusive repetidas execuções de estudantes universitários por assaltantes, sem que nenhuma resistência fosse esboçada pelas vítimas. São Paulo que tem na redução da criminalidade e em especial dos crimes de morte, uma das maiores conquistas da gestão pública, parece cair no mesmo tsunami de violência que devasta o País. Embora a Bahia seja considerada um dos Estados mais violento no macabro cenário nacional da criminalidade, não podemos deixar de lamentar que a rica paulicéia também esteja sucumbindo ao terror. São Paulo era referência no exemplo de redução da criminalidade em território nacional. A onda de violência parece impregnar e infiltrar todos os tecidos da sociedade: Aconteceram a intolerância, o sectarismo e o preconceito: em um jogo de vôlei em Belo Horizonte, Michael, um destacado jogador da equipe do Vôlei Futuro foi hostilizado pela torcida mineira que o achacou de viado o tempo inteiro. O esportista, que aliás é excelente jogador, foi macho o suficiente para ir á mídia e afirmar que independente de ser gay ou não, aquilo é uma abominável selvageria. Espera-se que a Liga de Vôlei tome as devidas providências. Na Bahia não há no atual governo um mínimo empenho e um compromisso com a gestão da coisa pública e os números da violência deixam todos alarmados. E os números só fazem crescer. Estado rico, com preocupantes índices de qualidade de vida, nós precisamos sim de toda a ajuda do governo federal para combater a criminalidade. Sem esquecer as mazelas locais no combate à criminalidade. A corajosa mulher que denunciou os policiais criminosos e em seguida os enfrentou frontalmente, defrontar-se agora com o destino dos outros corajosos que enfrentaram de cara a violência: entrará para o Programa de Proteção de Testemunhas que é uma morte em vida: vão-se o emprego, os amigos, a moradia, entre outras perdas. Ficam o respeito e a admiração pelo exemplo de coragem e desprendimento. O Brasil hoje é um país impregnado pela violência no seu dia-a-dia. Muitos publicamente a rejeitam, mas intimamente utilizam-se dela corriqueiramente, seja no trânsito, onde se enterram diariamente 160 vítimas; nas relações pessoais, onde antes da argumentação, do debate, usam a afronta, a hostilidade.
Sabemos que o exercício da cidadania e o dever de solidariedade social não exigem heroísmo. No entanto, o que presenciamos, amiúde é o acovardamento da maioria das pessoas em face de roubos, furtos, homicídios, latrocínios, etc., por compreensível autopreservação. Acabamos de ver o oposto, motivo pelo qual cumprimentamos uma senhora que, num cemitério, ao presenciar a covarde execução de um preso por policiais, não só comunicou o fato imediatamente à Polícia Militar, pelo celular, como também interpelou os facínoras fardados. A sociedade agradece.
ResponderExcluirAMADEU R. GARRIDO DE PAULA
A bravura desta mulher de Ferraz de Vasconcelos - SP - que denunciou em tempo real a policia, um crime bárbaro cometido por dois PMs, no cemitério da cidade, é de uma coragem digna de registro. Os assassinatos não nos surpreendem mais, porque a cada 365 dias, aproximadamente 50 mil acontecem no Brasil. Mas, é preocupante saber, que em cada 9,7 homicídios no País, um é cometido por policial. E se considerarmos ainda que nos EUA para cada pessoa que a polícia mata são realizadas 37.751 prisões, e no Brasil uma morte para apenas 348 prisões, é porque boa parte dos nossos policiais estão inaptos para o cargo que ocupam. É bom lembrar que a população do Tio Sam é de apenas 1/3 maior que do nosso País. Agora, se no Estado mais rico da Federação, ocorrem execuções com frequência, o que imaginar então da situação nos outros estados?! Nem a realidade dos salários baixos dos policiais vai justificar estes assassinatos. O problema é de caráter...
ResponderExcluirPaulo Panossian
Prezado amigo Val Cabral
ResponderExcluirO crime cometido pelo Welloington Oliveira, matando 12 estudantes adolescentees em Realengo, acabou nos deixando estupefatos. Por que ele aconteceu? A filosofia tem algumas coisas, até conflitantes entre si, a dizer a respeito.
A primeira reação, a mais popular, consiste em achar que foi coisa do Mal - não necessariamente do diabo, mas de algo mau que haja no mundo. No pensamento mais sofisticado essa visão é minoritária, mas existe. Pois é difícil negar a presença de algo mau na vida. Contudo a principal tendência hoje, na filosofia como nos saberes que lidam com a sociedade ou a psique, é considerar que o mau é produzido, é resultado. Vejam o que se conta do assassino: uma pessoa com sérios problemas psíquicos, talvez de origem neurológica, que se agravaram pelas condições em que vivia e por, aparentemente, não ter sido tratada. Seus atos são maus, mas com adequado tratamento talvez ele pudesse ter-se socializado.
O mal não seria algo originário, mas efeito de condições anteriores. Há uma vasta gama de possíveis causas para o crime. Mas não interessa aqui qual explicação se dê. O que importa é que se deem explicações, talvez algumas delas genéticas, mas que terão sido ativadas por razões de convívio (ou sua falta) e por carência de tratamento especializado. Ou seja, o mal é produto de algo que, em si, não é mal. Não haveria "o Mal", menos ainda o demônio. Há problemas de ordem humana e que o homem, isto é, a sociedade, pode resolver.
Paulo do Pontalzinho
paupont@bol.com.br
O Estado não pode deixar estes policiais matarem esta digna cidadã, vai ser a prova da falência do estado.
ResponderExcluirQue Deus a proteja.
Eis algo que merece reflexão: Se vier uma PEC-300 e não vier junto uma mega-reforma das polícias - unificação PM + PC, controle externo total, fim dos "autos de resistência seguida de morte", fim da absurda disparidade de salários entre oficiais e praças (introduzir um plano de carreira estável) - então vamos ver policiais ganhando um salário decente mas promovendo a mesmíssima política genocida de hoje. Explicar a corrupção policial (e as execuções extra-judiciais são parte inseparável do problema da corrupção -- muito ao contrário do que nos quer fazer acreditar o filme "Tropa de Elite") através dos salários baixos dos policiais é uma explicação verdadeira apenas em parte.
ResponderExcluirNão há no simples aumento do salário uma mudança de comportamento e este é um fato.
José Carlos Rodrigues da Salva
Val Cabral
ResponderExcluirNormalmente é isso que a Policia faz, quando quer dar fim a um mala incômodo. Agora como podemos analisar os PMs que fizeram isso? O salário uma merda, o comando pior ainda, o governo uma lástima. Ninguém dá apoio para o trabalho do PM em SP. Nem quando eles fazem o certo. Eles fizeram aquilo que foram programados para fazer..São sintomas e não a doença... Vamos precisar de uma PEC 300, 20 anos de desenvolvimento sócio econômico do país e uma justiça que funcione... Uma sólida formação em DH e leis que punam o infrator e não fiquem fazendo média com gente que acha que existe bandido bonzinho (eu me refiro principalmente aos grandes ladrões, esses que a PM não executa nas quebradas)...
Gutemberg Gomes de Freitas
Se fosse de noite, num lugar ermo, sem testemunhas, tudo bem?
ResponderExcluirPois é o que esses policiais criminosos fazem normalmente, o tempo todo, pelo Brasil afora, e ainda são acobertados pelos superiores, por alguns comerciantes e pessoas amedrontadas.
Se pena de morte ilegal para bandido pobre resolvesse, o Brasil seria um paraíso, de tanta gente que a polícia mata.
Não resolve nada, vitimiza os pobres e desonra a polícia.
Jair Fonseca
Sinceramente eu não tenho nenhuma pena do cara que morreu. Tinha uma extensa ficha criminal e vai ser um a menos pra ameaçar gente de bem... Mas uma execução a luz do dia na frente de testemunhas... É meio surreal...
ResponderExcluirAndré Luiz Moura
Não creio que sejam apenas umas poucas maçãs podres em meio a umas saudáveis e sim uma estrutura corrompida, leis da época da ditadura militar, tem que se levar estes crimes para a área federal, medidas tem que ser tomadas, somente assim as maçãs boas, por sinal, a maioria dos militares, não serão corrompidas pelas poucas maçãs podres, é a lei da entropia
ResponderExcluirInteressante esta generalização que ocorre nas ocasiões em que um fato assim vem à tona. Quando da divulgação deste fato, que realmente choca só pelo fato de ter existido e pela admirável coragem dessa mulher, pelo o que entendi a PM já havia prendido os dois envolvidos, fornecido proteção à testemunha e encaminhado todas as evidências ao poder judiciário para os devidos trâmites. Mas, esquecendo que maçãs podres estão em todos os meios sociais e profissões, lá vem a ideia de dizer que a polícia como um todo é ruim. Como dizia Nelson Rodrigues, toda generalização é burra! - Soraya
ResponderExcluirSe quem agora vai lhe garantir proteção é o mesmo Estado que deu emprego para dois suspeitos matadores de aluguel, pobre cidadã... ela e toda sua família, com certeza.
ResponderExcluirRecomendação a todos... nunca façam o que essa mulher fez, nunca, a não ser que queiram ter suas vidas reviradas pelo avesso por vários, vários, policiais militares em busca de vingança.
Não seria o caso de se perceber a necessidade de instalação de caixas pretas em todos os carros da PM?... urros, berros e gritos e choro e diálogos com gravação contínua e localização da viatura de 30 em 30 minutos.... já foi dito, ou vi dizer, que é a única ordem que respeitam, incluindo os bestas vingativas e os próprios matadores de aluguel... tudo mais é de mintirinha...
Essa mulher tem mais coragem que muito Ministro de toga preta do STF, sem duvida!
ResponderExcluirMaria Helena D. Tavares
A autora da denuncia é uma heroína, o pior bandido do mundo é o que usa a farda. (Helder)
ResponderExcluirA psicopatia já está em suas índoles, eles só buscam a Polícia como um lugar seguro para barbarizar, a verdade é que a filosofia que norteia as polícias brasileiras propicia a acolhida desses psicopatas assassinos.
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