Mais de um em cada cinco eleitores levou apenas um mês para esquecer o nome de quem escolheu
para representá-lo nas três casas legislativas em disputa nas eleições do ano passado, Senado Federal, Câmara dos Deputados e Assembléias Legislativas. Não é certo, mas não é improvável que, com o passar de alguns meses, esses percentuais de esquecimento aumentem, o que deixa claro que, mesmo depois de intensa campanha, incluindo os programas gratuitos do rádio e da TV, é muito baixo o envolvimento do eleitor médio com o candidato. Menos ainda é o conhecimento e, portanto, a concordância com suas propostas. Não foi por falta de campanha, nem de dinheiro. Um levantamento do TSE sobre os recursos envolvidos na campanha de 2010 concluiu que os candidatos a deputado federal, estadual e distrital (Brasília) gastaram, juntos, quase R$ 3 bilhão, em todo o país. A mesma pesquisa que mediu o esquecimento dos eleitos constatou que a maioria das pessoas se informa sobre política e eleições pela televisão, rádio e por meio de conversas com amigos e parentes. A internet vem se consolidando como grande aliado neste contexto. Mesmo que não se possa estabelecer relação direta dos gastos com o elevado índice de esquecimento dos candidatos pelos eleitores, os números parecem indicar que há algo de errado com a propaganda eleitoral. Além da falta de informação sobre a função e a importância dos parlamentos nas sociedades democráticas “tarefa que também deveria caber aos currículos escolares”, faz tempo que o desfile acelerado de nomes e fotos deixou de acrescentar algo relevante. Ser esquecido depois de eleito e escapar da cobrança do eleitor pode ser do interesse dos maus políticos, mas, certamente, nada tem a ver com a necessidade de o país manter o avanço da democracia que conquistou. A menos que se pretenda formar plenários de políticos fichas sujas, tiriricas honestos e doutores mal-intencionados, é necessário repensar o sistema de apresentação dos candidatos, suas ideias e fichas limpas.
para representá-lo nas três casas legislativas em disputa nas eleições do ano passado, Senado Federal, Câmara dos Deputados e Assembléias Legislativas. Não é certo, mas não é improvável que, com o passar de alguns meses, esses percentuais de esquecimento aumentem, o que deixa claro que, mesmo depois de intensa campanha, incluindo os programas gratuitos do rádio e da TV, é muito baixo o envolvimento do eleitor médio com o candidato. Menos ainda é o conhecimento e, portanto, a concordância com suas propostas. Não foi por falta de campanha, nem de dinheiro. Um levantamento do TSE sobre os recursos envolvidos na campanha de 2010 concluiu que os candidatos a deputado federal, estadual e distrital (Brasília) gastaram, juntos, quase R$ 3 bilhão, em todo o país. A mesma pesquisa que mediu o esquecimento dos eleitos constatou que a maioria das pessoas se informa sobre política e eleições pela televisão, rádio e por meio de conversas com amigos e parentes. A internet vem se consolidando como grande aliado neste contexto. Mesmo que não se possa estabelecer relação direta dos gastos com o elevado índice de esquecimento dos candidatos pelos eleitores, os números parecem indicar que há algo de errado com a propaganda eleitoral. Além da falta de informação sobre a função e a importância dos parlamentos nas sociedades democráticas “tarefa que também deveria caber aos currículos escolares”, faz tempo que o desfile acelerado de nomes e fotos deixou de acrescentar algo relevante. Ser esquecido depois de eleito e escapar da cobrança do eleitor pode ser do interesse dos maus políticos, mas, certamente, nada tem a ver com a necessidade de o país manter o avanço da democracia que conquistou. A menos que se pretenda formar plenários de políticos fichas sujas, tiriricas honestos e doutores mal-intencionados, é necessário repensar o sistema de apresentação dos candidatos, suas ideias e fichas limpas.
Amigo Val Cabral
ResponderExcluirTalvez se todos os eleitores se interessassem pela política, para saber pelo menos os políticos que fizeram alguma coisa pela população, os que merecem ser reeleitos, os políticos não tivessem essa doença de esquecer seus compromissos. A cura para a amnésia dos políticos é essa: interesse político da população.
Um dia ainda haverei de construir uma muralha maior que a da China, quando os políticos forem honestos apenas para me responderem a seguinte indagação: "Quem não tiver nenhum pecado que atire a primeira pedra!"
ResponderExcluirAntonio Andrade
Acredito que a internet é hoje o principal tratamento para esta deficiência, onde a pessoa pode interagir com outras pessoas com muita agilidade, recuperar dados históricos com muita facilidade e promover uma democracia que seja efetivamente eficiente. Interação na comunicação é a arma mais poderosa para fazer o povo ficar alerta contra candidatos que prometem tudo e não cumprem nada.
ResponderExcluirOtávio Lopes
A solição para se resolver a amnésia dos políticos, é esquecermos de votar neles.
ResponderExcluirReinaldo Dantas
Só o voto consciente fará as pessoas fazerem os políticos encontrarem a memória perdida. Rildo
ResponderExcluirA cura para a amnésia dos políticos, é deixar de dar aqueles miseros reais da Bolsa Família para o nordeste e regiões necessitadas... eu acho... Kleber Barreto
ResponderExcluirPrezado amigo Val Cabral
ResponderExcluirIsso se resolve fácil com a mais extraordinária atitude que o povo pode ter contra os enganadores e traidores da politica: Educação.
Menos novela, mais telejornal independente.
Menos futebol, mais leitura dos jornais impressos.
Menos cerveja, mais leitura das revistas semanais.
Menos aceitação das coisas, e mais vergonha na cara, para cobrar lisura desses vagabundos.
Paulo do Pontalzinho
paupont@bol.com.br
ELES SEPARAM RICO DE POBRE... AJUDAM MESMO QUEM TEM DINHEIRO QUE NEM ELES E NÃO QUEREM NEM SABER DOS POBRES QUE MANTEM ESSE PAIS.
ResponderExcluirAmnésia tem quem votar no PT, quem votou na Dilma... o PT tem o voto do povo que ainda não sabe, ou não quer saber que o PT é antro de corruptos... acorda pessoal. Fernando Tavares
ResponderExcluirÉ isso o que se chama de uma questão de volume... Estomacal!
ResponderExcluirRonaldo Ferreira
Acho que isso decorre do desinteresse dos eleitores em procurar melhor se informar sobre o passado dos candidatos. Desinteresse por qualquer coisa relacionada à política. Por isso que o brasileiro vive tomando... Bem feito!!!
ResponderExcluirJoselito Brito
O problema não é de memória do eleitorado, ou de amnésia dos polçiticos... é de intelecto... o que falta no primeiro, sobra no segundo!
ResponderExcluirOs eleitores baianos esquecem facilmente as coisas... coisas boas e ruins. Será que eles sofrem de amnésia coletiva, que acaba afetando a cabeça dos políticos?
ResponderExcluirMaldita herança bendita
ResponderExcluirDilma Rousseff tinha tudo para festejar sua primeira semana pós-100 dias. Poderia fazê-lo à vontade não fosse a incômoda herança que ela terá de se esforçar para não chamar de maldita.
Dissabores em série desabaram sobre Dilma.
Do relatório do Ipea – instituto de pesquisa oficial aparelhado pelo PT -, dando conta de que não há como concluir as obras de nove dos 13 aeroportos até 2017, muito menos para a Copa de 2014, ao paquidérmico PAC, principal vitrine de sua eleição, que quase nada andou desde o início do ano.
Da anunciada demissão em massa de seis mil trabalhadores na obra de Jirau às denúncias de que o PAC, do qual foi ungida mãe, financia dezenas de obras onde se pratica trabalho quase escravo.
Tudo isso em uma só semana. Não é pouco aborrecimento.
Dilma sabia de tudo, ou pelo menos deveria saber. Por obrigação, como ministra da Casa Civil e gestora-mor do governo Lula. Por responsabilidade.
Há um ano, ao lançar o PAC 2, sem que a versão anterior tivesse evoluído a contento, dizia, no papel de candidata, que o programa era a “herança bendita” para o sucessor de Lula. Hoje, não pode simplesmente dizer que queimou a língua. Mas começou por chamuscá-la quando, já eleita e empossada, repetiu três vezes: “nós não vamos contingenciar o PAC”.
O resultado está aí. Dos R$ 40 bilhões de gastos autorizados, apenas R$ 102 milhões foram pagos, ou seja, 0,25% do previsto. Pode-se preferir uma versão à la Delúbio, algo do tipo “restrição dadas as contingências”. Antes, há de se brigar muito com o dicionário.
Por estratégia ou personalidade, Dilma pouco fala. Segue à risca o script da contenção verbal, precioso diferencial de seu antecessor. No máximo, solta bordões sobre a luta renhida contra a inflação.
A intenção longe do gesto garantiu as loas e as borrifadas de incenso na primeira centena de dias. Mas elogios não servem à estabilidade econômica, nem seguram a inflação.
Os gastos públicos dispararam para eleger Dilma, que, nesta altura, já deveria ter se dado conta do peso da conta Lula. Um fardo sobre o país, maldita herança que ela terá de bendizer.
( Blog do Noblat )