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22 de fevereiro de 2011

FÁBRICA DE CHOCOLATE EM COARACI É MODELO NO SUL DA BAHIA

Há dois meses, o sul da Bahia assistiu a um importante salto da agricultura familiar: a inauguração, na cidade de Ibicaraí, da primeira fábrica de chocolates finos da agricultura familiar, no Brasil, nesta modalidade, a “Bahia Cacau”. Construída em parceria com a Sedir/CAR, a unidade opera em sistema cooperativado, envolvendo agricultores cadastrados na Cooafba, em Coaraci. Neste mesmo município, há 20 anos, começou o sonho de comercializar os produtos da agricultura familiar, de forma organizada e coletiva, em uma das salas do Escritório Local da EBDA, empresa vinculada à Seagri. Naquela época, os técnicos da EBDA mostravam aos agricultores que sozinhos eles não tinham força organizacional suficiente para disputar os preços com as empresas de compra de cacau da região, e que, em grupos organizados, essa disputa poderia ocorrer com mais chances para os agricultores associados. Para o diretor da EBDA, Elionaldo de Faro, esta é a prova concreta do resultado de um trabalho organizado e em parceria, da agricultura familiar. “Conhecemos muitos resultados positivos já alcançados pelo associativismo, na agricultura familiar, mas este destaca-se ainda mais pela ousadia em competir com um mercado tão exigente e fechado como o de chocolates finos”, afirma o diretor. De acordo com o chefe do escritório da EBDA, em Coaraci, Joel Pimenta, com o trabalho direcionado para o associativismo, percebeu-se a necessidade da criação de uma cooperativa para comercializar os produtos da agricultura familiar. Em 2007, então nasceu, a Cooafba, que vem trabalhando à frente de todas as iniciativas de desenvolvimento do agricultor familiar da região. “Todo esse processo associativista, existente na região, teve origem nos trabalhos desenvolvidos pela EBDA, que hoje concretiza o sonho do agricultor familiar em vender seus produtos por preços mais justos, com qualidade, e podendo com isso oferecer bem-estar a sua família”, destacou Pimenta. Com relação à fábrica de chocolate, Pimenta esclareceu que os associados entregam cacau selecionado, e recebem, como pagamento, até 50% a mais em relação ao valor de mercado. A arroba é adquirida pela fábrica, em média, por R$120, enquanto o mercado paga em torno de R$80, sem levar em consideração a qualidade do cacau entregue, se comum ou selecionado. PRODUTO CHEGA A PEQUIM - A agricultora Maria Luiza Brandão, de Itapitanga, participou do curso de classificação oferecido pela Ceplac, em parceria com a EBDA, e já provou que está capacitada. O cacau produzido na sua fazenda passou pelo processo de amostragem da fábrica e foi aprovado. “Eu já vendi 8 arrobas para a fábrica. Estou satisfeita”, afirmou a agricultora. Os pequenos produtores, que vendem o cacau para a fábrica, recebem assistência técnica da EBDA, com o objetivo de melhorar a produção/produtividade e a qualidade do fruto, uma vez que a indústria exige um chocolate com teor entre 50% e 70% de cacau. Apesar do curto tempo de instalada, a indústria já apresenta resultados positivos. O secretário estadual da Agricultura, engenheiro agrônomo Eduardo Salles, abriu as portas do escritório de negócios da agropecuária baiana em Pequim para a comercialização do chocolate produzido na Fábrica Bahia Cacau para a China, entre vários outros itens da agricultura familiar. A notícia foi dada oficialmente aos produtores pelo próprio secretário, no último dia 10, em visita à região.

2 comentários:

  1. Antes do PT, a Bahia era esquecida. Agora temos um governo que prioriza a inclusão social e o desenvolvimento de regiões importantes como a Região Cacaueira, bem como, todo o Sul da Bahia.

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  2. Estou confiante que a presidente Dilma Roussef “dará continuidade à política do Presidente Lula e viabilizará uma efetiva política de desenvolvimento para o estado da Bahia, particularmente para o Sul da Bahia.

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