Era uma vez. É assim que começam as estórias, principalmente os ‘Contos da Carochinha’ que fomos acostumados a ouvir desde os tempos d
e menino. Agora, já na idade adulta, continuamos a ouvir esse tipo de ‘lorotas’, só que não mais de nossos amigos e pessoas da família, com o intuito de nos fazer dormir, mas pelos políticos, especialmente os ocupantes de cargos públicos. Em Itabuna, o prefeito capitão Azevedo se tornou useiro e vezeiro dessa prática. Seus discursos – tanto de viva voz como através dos comunicados à imprensa – são vistos com desconfiança. Se disser que vai apurar com todo o rigor é porque nada fará para esclarecer, sobretudo acaso envolvam os amigos. E olha que o prefeito está ficando famoso pelas companhias que faz questão de cultivar. Amigos ruins cujas presenças constantes a lhe cercar prejudicam sua imagem e de seu governo. Assim dizem os populares nas ruas, os comunicadores nos seus veículos de comunicação, os políticos nos seus encontros com eleitores, enfim, as más companhias do prefeito são voz corrente em Itabuna e adjacências. E a voz do povo é a voz de Deus. Não é de hoje que o prefeito promete promover uma ampla e irrestrita reforma administrativa, com a finalidade de dar uma “sacudida” em seu governo. Mas até agora nada foi feito e já virou até motivo de piada. Outra ação prometida seria a exoneração de ocupantes de cargos de confiança, com a finalidade anunciada de ajustar as despesas com pessoal dentro do limite constitucional de 54%. A título de ajuste na folha de pessoal, Azevedo cortou apenas alguns cargos minguados, decepando somente a cabeça de servidores com baixos salários, deixando intocável uma legião de servidores temporários – atualmente são quase mil servidores -, que tiveram suas presenças justificadas pelas infindáveis e ambíguas seleções públicas realizadas ao longo dos últimos dois anos. É bom lembrar que seu antecessor deixou esse número zerado, fruto de um compromisso assumido com os representantes do Ministério Público do Trabalho e MP estadual. Sem mencionar aqui mais uma vez aqueles comissionados que, apesar de receberem regularmente, ninguém sabe dizer onde trabalham ou o que fazem, mas por possuírem padrinhos fortes, seguem tranqüilos e inabaláveis a rechear a folha de pagamento. O resultado final foi que a medida foi considerada um fiasco, diante da necessidade de ajuste do limite constitucional para gastos com pessoal, economizando apenas R$ 40 mil. Agora, promete uma reforma administrativa, exonerando secretários, fundindo secretarias. Entretanto, pelos rumores que ecoam do Centro Administrativo Firmino Alves, tudo não passará, mais uma vez, de uma pequena meia-sola. A Secretaria de Esportes será encampada ou fundida, como achem melhor justificar, com a Secretaria da Educação, deixando desabrigado o secretário Alcântara Pellegrine, representante de um importante segmento que apoiou a trajetória de campanha do prefeito Azevedo. A Secretaria da Agricultura parece certo que passará a ser um departamento da atual Indústria, Comércio e Turismo. Outra na marca do pênalti é a de Planejamento e Tecnologia, que vai juntar-se à Fazenda e Administração, respectivamente. Como Maurício Athayde é da cota pessoal de Azevedo, assume a Administração com a saída de Gilson Nascimento. Já a Secretaria de Transportes e Trânsito (Setrans), da qual Azevedo foi secretário, volta para a Secretaria do Desenvolvimento Urbano (Sedur). A incógnita é quem será o secretário no lugar de Fernando Vita. Já a Secretaria de Assuntos Governamentais e Comunicação Social terá suas funções esfaceladas. Parte será novamente entregue à Procuradoria Jurídica – no começo do governo já foi assim -, mas apesar dos prejuízos havidos àquela época, o prefeito parece que sucumbirá mais uma vez aos caprichos da Barbie. A Comunicação e o Cerimonial passam a ser apenas departamentos, agora sob a direção de uma das secretárias do prefeito. Aí reside à maior aberração da malfadada reforma, pois o “coração” do governo receberá uma punhalada traiçoeira, o que por certo contribuirá decisivamente para deteriorar ainda mais a (des)administração, marca de um (des)governo que assume de vez sua cara, deixando de ter Secretaria de Governo. E a reforma administrativa prometida para janeiro de 2011 pelo prefeito, capitão Azevedo ao GAC não passará de um engodo, coisa “pra inglês ver”. Mais uma vez a economia será pífia, pois deixarão de sair dos cofres públicos míseros R$ 45 mil, que é o valor dos subsídios pagos aos cinco secretários responsáveis pelas pastas atingidas. Nada mais do que isso, pois suas estruturas continuarão intactas. Mas nada disso interessa ao prefeito, o fato é que a enganadora reforma servirá apenas como pano de fundo, uma cortina de fumaça lançada para que o prefeito possa mexer com as peças do governo que não “comem na mão” do secretário da Fazenda, Carlos Burgos, o prefeito de fato. Pouco interessa o futuro do governo e da população de Itabuna. Interesses pessoais são mais prementes e essenciais. É essa a reforma que o prefeito pensa em remeter à aprovação do legislativo municipal em 2011. A atual estrutura administrativa foi montada pelo recém eleito Azevedo, encaminhada à Câmara no início de sua gestão e sancionada sob o nº de Lei municipal 2.114/2009. Na verdade, o que realmente interessa a um governo perdido e sem rumo é manter uma Câmara com vereadores subservientes, com a função de legislar de acordo aos interesses do executivo. E o motivo é simples: esses vereadores servis se prestarão apenas e tão somente a aprovar as contas do (des)governo Azevedo enquanto tiverem assento na Câmara. Essa preocupação está fundamentada na reprovação das contas de Azevedo pelo Tribunal de Contas dos Municípios (TCM). Como o TCM é um simples órgão consultivo, para o prefeito pouco importa, pois seus vassalos não conhecerão os conselhos e a decisão daquele tribunal e aprovarão as contas da (des)administração Azevedo com di$tinção e louvor. São histórias e estórias macabras da política recente de Itabuna. Estórias que dão pesadelos nas pessoas de bem e não as deixam dormir. Infelizmente. (Walmir Rosário é jornalista, advogado e editor do site www.ciadanoticia.com.br).
e menino. Agora, já na idade adulta, continuamos a ouvir esse tipo de ‘lorotas’, só que não mais de nossos amigos e pessoas da família, com o intuito de nos fazer dormir, mas pelos políticos, especialmente os ocupantes de cargos públicos. Em Itabuna, o prefeito capitão Azevedo se tornou useiro e vezeiro dessa prática. Seus discursos – tanto de viva voz como através dos comunicados à imprensa – são vistos com desconfiança. Se disser que vai apurar com todo o rigor é porque nada fará para esclarecer, sobretudo acaso envolvam os amigos. E olha que o prefeito está ficando famoso pelas companhias que faz questão de cultivar. Amigos ruins cujas presenças constantes a lhe cercar prejudicam sua imagem e de seu governo. Assim dizem os populares nas ruas, os comunicadores nos seus veículos de comunicação, os políticos nos seus encontros com eleitores, enfim, as más companhias do prefeito são voz corrente em Itabuna e adjacências. E a voz do povo é a voz de Deus. Não é de hoje que o prefeito promete promover uma ampla e irrestrita reforma administrativa, com a finalidade de dar uma “sacudida” em seu governo. Mas até agora nada foi feito e já virou até motivo de piada. Outra ação prometida seria a exoneração de ocupantes de cargos de confiança, com a finalidade anunciada de ajustar as despesas com pessoal dentro do limite constitucional de 54%. A título de ajuste na folha de pessoal, Azevedo cortou apenas alguns cargos minguados, decepando somente a cabeça de servidores com baixos salários, deixando intocável uma legião de servidores temporários – atualmente são quase mil servidores -, que tiveram suas presenças justificadas pelas infindáveis e ambíguas seleções públicas realizadas ao longo dos últimos dois anos. É bom lembrar que seu antecessor deixou esse número zerado, fruto de um compromisso assumido com os representantes do Ministério Público do Trabalho e MP estadual. Sem mencionar aqui mais uma vez aqueles comissionados que, apesar de receberem regularmente, ninguém sabe dizer onde trabalham ou o que fazem, mas por possuírem padrinhos fortes, seguem tranqüilos e inabaláveis a rechear a folha de pagamento. O resultado final foi que a medida foi considerada um fiasco, diante da necessidade de ajuste do limite constitucional para gastos com pessoal, economizando apenas R$ 40 mil. Agora, promete uma reforma administrativa, exonerando secretários, fundindo secretarias. Entretanto, pelos rumores que ecoam do Centro Administrativo Firmino Alves, tudo não passará, mais uma vez, de uma pequena meia-sola. A Secretaria de Esportes será encampada ou fundida, como achem melhor justificar, com a Secretaria da Educação, deixando desabrigado o secretário Alcântara Pellegrine, representante de um importante segmento que apoiou a trajetória de campanha do prefeito Azevedo. A Secretaria da Agricultura parece certo que passará a ser um departamento da atual Indústria, Comércio e Turismo. Outra na marca do pênalti é a de Planejamento e Tecnologia, que vai juntar-se à Fazenda e Administração, respectivamente. Como Maurício Athayde é da cota pessoal de Azevedo, assume a Administração com a saída de Gilson Nascimento. Já a Secretaria de Transportes e Trânsito (Setrans), da qual Azevedo foi secretário, volta para a Secretaria do Desenvolvimento Urbano (Sedur). A incógnita é quem será o secretário no lugar de Fernando Vita. Já a Secretaria de Assuntos Governamentais e Comunicação Social terá suas funções esfaceladas. Parte será novamente entregue à Procuradoria Jurídica – no começo do governo já foi assim -, mas apesar dos prejuízos havidos àquela época, o prefeito parece que sucumbirá mais uma vez aos caprichos da Barbie. A Comunicação e o Cerimonial passam a ser apenas departamentos, agora sob a direção de uma das secretárias do prefeito. Aí reside à maior aberração da malfadada reforma, pois o “coração” do governo receberá uma punhalada traiçoeira, o que por certo contribuirá decisivamente para deteriorar ainda mais a (des)administração, marca de um (des)governo que assume de vez sua cara, deixando de ter Secretaria de Governo. E a reforma administrativa prometida para janeiro de 2011 pelo prefeito, capitão Azevedo ao GAC não passará de um engodo, coisa “pra inglês ver”. Mais uma vez a economia será pífia, pois deixarão de sair dos cofres públicos míseros R$ 45 mil, que é o valor dos subsídios pagos aos cinco secretários responsáveis pelas pastas atingidas. Nada mais do que isso, pois suas estruturas continuarão intactas. Mas nada disso interessa ao prefeito, o fato é que a enganadora reforma servirá apenas como pano de fundo, uma cortina de fumaça lançada para que o prefeito possa mexer com as peças do governo que não “comem na mão” do secretário da Fazenda, Carlos Burgos, o prefeito de fato. Pouco interessa o futuro do governo e da população de Itabuna. Interesses pessoais são mais prementes e essenciais. É essa a reforma que o prefeito pensa em remeter à aprovação do legislativo municipal em 2011. A atual estrutura administrativa foi montada pelo recém eleito Azevedo, encaminhada à Câmara no início de sua gestão e sancionada sob o nº de Lei municipal 2.114/2009. Na verdade, o que realmente interessa a um governo perdido e sem rumo é manter uma Câmara com vereadores subservientes, com a função de legislar de acordo aos interesses do executivo. E o motivo é simples: esses vereadores servis se prestarão apenas e tão somente a aprovar as contas do (des)governo Azevedo enquanto tiverem assento na Câmara. Essa preocupação está fundamentada na reprovação das contas de Azevedo pelo Tribunal de Contas dos Municípios (TCM). Como o TCM é um simples órgão consultivo, para o prefeito pouco importa, pois seus vassalos não conhecerão os conselhos e a decisão daquele tribunal e aprovarão as contas da (des)administração Azevedo com di$tinção e louvor. São histórias e estórias macabras da política recente de Itabuna. Estórias que dão pesadelos nas pessoas de bem e não as deixam dormir. Infelizmente. (Walmir Rosário é jornalista, advogado e editor do site www.ciadanoticia.com.br).
Se eu tivesse de dar uma nota... de zero a mil, para este texto, eu teria muita dificuldade, pois não poderia exceder os quatro dígitos. Nota mil é pouco para esta postagem. O jornalista Walmir Rosário escreveu o que eu escreveria e por isso o parabenizo com meus votos de feliz ano novo.
ResponderExcluirHaroldo Góes de Freitas
Val Cabral
ResponderExcluirEste é o prefeito mais palerma que itabuna já teve. Embora, mais palerma foram todos que votaram nele...
Antonio de Paula Reis
As vezes fico imaginando o que deve estar acontecendo coma cabeça desse prefeito de Itabuna. E chego a conclusão que o grande problema dele é não ter nada na cabeça!!! É pior que Geraldo Simões, que, como cabeça de pitu, só tem estrume entre o crâneo... Flávio Medeiro
ResponderExcluirAcho importante educação política nas escolas, para que as crianças ou jovens tenham consciência da importância de votar certo para seu própio conforto e bem estar, sabendo escolher seus candidatos, pois eles os políticos é quem resolvem a maioria dos problemas do nosso país.
ResponderExcluirMuita gente não sabe votar, desconhece o papel de cada um no cenário político e da importância da política na vida comunitária, tornando-se alvo fácil para as manipulações destes safados.
Até quando os itabunenses serão (jecas)?. Itabuna precisa se desenvolver de forma efetiva.
ResponderExcluirEm vez de gastar com saúde, educação, empregos e segurança eles querem obras eleitoreiras. Os bandidos estão massacrando a sociedade...
ResponderExcluirFOOOORA CAPETÃO AZEDO!!!!
Por isso que temos um país, corrupto...por ter tanta gente ignorante nessa terra chamada Bahia/Brasil... o que muitos deveriam era está cobrando desses pilantras que nos roubam/roubam...e nao fazem nada pela população.
ResponderExcluir