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Natal Itabuna

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Trief

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13 de dezembro de 2010

MÃE, ONDE ESTÁ O SEU FILHO, AGORA?...

Alguém que de chofre pergunte pelo paradeiro dum filho à sua mãe, nos dias atuais, decerto, terá uma resposta insegura, vacilante, vaga, pois, cada dia, a mãe sabe menos aonde anda e com quem anda o seu filho... Ele pode estar na escola, na biblioteca, numa “Lan House”, jogando bola, comprando pipoca, chupando sorvete ou num lugar ermo, embaixo duma marquise, numa casa abandonada, num apartamento de luxo, fumando maconha ou pitando crack ou se alcoolizando, ou cheirando cocaína ou usando “ecstasy” e LSD, então, por algum dinheirinho a serviço do narcotráfico. A droga é uma peste, ela mina a sociedade e destrói a família. Jean Jack Rousseau foi feliz quando mais ou menos disse: “... o homem nasce naturalmente bom e a sociedade o corrompe, torna-o mau”. O jovem de hoje é cada vez mais pervertido, é cada vez mais corrompido, é cada vez mais vítima de animais humanos desprezíveis, de bestas-feras, de facínoras desprovidos de alma e coração que os Direitos Humanos exigem que os tratemos como humanos... Felizes são os pais que vêem o seu filho nascer, crescer e amadurecer!... Hoje, os filhos não mais sepultam os seus pais, mas os pais choram os seus filhos cada vez mais. A malha protetora da sociedade da vida humana é falível e impotente. O estado que Tomaz Hobbers pensou para que o homem não fosse vítima de sua natureza: “home homini lupus”, “homem lobo do homem”, é uma teoria de estado que não deu certo, o homem, hoje, barbariza, mata, rouba, sequestra, estupra, calunia e denigre o outro sem conflito de consciência, cinicamente e, a sociedade e o estado... A Lei 8069 de 13 de julho de 1990, ou seja, o Estatuto da Criança e o Adolescente – ECA, os juizados da infância e juventude, os ministérios públicos, os conselhos tutelares da infância e juventude, as pastorais e outros órgãos afins, não contêm a demanda, são ineficientes, cada vez menos, eles não cumprem o seu papel, é comum nas grandes cidades, as bocas-de-fumo, as prostituições infantis e os absurdos de abusos sexuais no seio da família, nas barbas das autoridades e da sociedade. Antes da Internet, antes da mídia comprometida com o IBOP e com o sensacionalismo, quando o brasileiro era tupiniquim, caipira, jeca, quando a escola e a família eram mais estruturadas, quando o homem não estava conectado ao mundo, quando a palavra “narcotraficante” não constava no dicionário, quando “droga” não era uma droga, quando “aviãozinho” era uma miniatura, quando a religião era coisa de beato, quando “bandido” era personagem de filme americano, quando se prezava as relações afetivas, quando “craque” era um exímio jogador de futebol, quando os instintos primitivos do homem eram usados na sua autodefesa, as bestas-feras, os psicopatas e os criminosos eram personagens de cinema e cochichos de vizinhos, a vida tinha sentido. No livro de coletânea: “Encontro Pontual - Antologia Scortecci de Poesias, Contas e Crônicas, 21ª. Bienal Internacional do Livro de São Paulo – 2010”; há um conto de minha autoria, intitulado: “Nóia não, meu filho!”, o confronto de um policial e uma mãe, quando ela chorava a morte do seu filho assaltante, crivado de balas, e o policial lhe rogou que não chorasse a morte dum nóia. Portanto, não existe mãe de ladrão, de malfazejo, de criminoso, mas filho da mãe, filho do coração, filho da alma, por isto, é justo reconhecer que a mãe, moça, madura ou velha encarquilhada pelo tempo, não é responsável, porém, ela é vítima e a mais sofrida pelos desvios de comportamento dos seus filhos por influência desses corruptores e desses criminosos dos novos tempos e a ausência de políticas públicas efetivas. Não se faz apologia do atraso e não se faz apologia às ideias retrógradas. A evolução, o desenvolvimento, as conquistas tecnológicas e científicas são bem-vindas, são necessárias, mas quando o homem é o “lobo do homem”, é um animal perverso, os bandidos assumem as funções do estado, o homem é desprovido de valores morais, não tem apego à família, é desprovido de amor e de Deus, é o começo do fim, faz-se necessário renegar a evolução dos tempos e o desenvolvimento, seria melhor que a mãe respondesse à pergunta: - Mãe, onde está seu filho, agora?... (Rilvan Batista de Santana - Saber – Literário).

14 comentários:

  1. ESTE TEXTO DEVERIA SER POSTADO EM TODOS OS BLOGS, JORNAIS, REVISTAS... POIS RETRATA UMA PREOCUPAÇÃO QUE DEVRIA SER TODOS NÓS. O RILVAN MERECE NOSSOS APLAUSOS. GUTEMBERG MATOS

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  2. Sou itabunense, moro atualmente no rio de janeiro. Fico feliz ao saber que meus conterraneos avançam. É necessario atos concretos... nossos jovens prescisam dos cuidados da familia e do estado. Avance cada vez mais Itabuna querida.
    Joselito Borges

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  3. Rilvan Batista de Santana, eu já te disse que vc é o “cara”?
    Everaldo Dantas

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  4. Sou budista e bem mais feliz depois que comecei a praticar a fé por esse viés religioso. Sou consumidora de maconha e álcool e a favor da descriminalização das drogas ilícitas. Muito me interessa ambas discussões, mas sei que vão além de um, dois, mil artigos de um blog. No entanto, é hora de começar. É bom ter gente incitando a discussão... é isto que faço neste instante! Obrigada
    Judith Fontes

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  5. Somos “doidios” é vero!
    Dizem que sou louco, Por pensar assim. Se eu sou muito louco, Por eu ser feliz... Mais louco é quem me diz, Que não é feliz... não é feliz...
    Felipe Madeira Lima

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  6. Ah as mães... as mães são as que mais sofrem. E os filhos só percebem isso, quando não mais as possuem vivas!!!
    Isto é um fato.
    Hildete Silva de Carvalho

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  7. Poxa! Como a vida pode ser simples, com um texto claro voce me fez acreditar ou lembrar o quanto a vida pode ser maravilhosa
    Sofia de Freitas

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  8. Caro Rilvan
    Não há muito o que comentar. Apenas minha concordância ABSOLUTA com seus pontos de vistas no enfoque, no raciocínio e na conclusão destas questões.
    Parabéns pela lucidez, pela transparência do raciocínio e pelo texto elegantemente oportuno.
    Luis Gomes

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  9. Infelizmente muitas de nossas crianças, hoje em dia, já nascem dentro de ambientes onde imperam a violência, o álcool e as drogas.
    Tendo isso como herança, o que se pode esperar deles amanhã?
    Sei, porém, que isso não é regra. Existem muitos jovens que são de famílias de classe média, ou até alta, que se envolvem na violência e na criminalidade.
    Esses, infelizmente, na maioria das vezes são resultado de má educação dentro de seus lares. São filhos de pais que nunca souberam educá-los.

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  10. Os pais ajudam muito em relação a criança entrar no mundo das drogas e da violência...
    Pais que não estão nem aí para os filhos(ou são muito ausentes), não impõe limites de amizades e comportamento, não ensinam como tem que ensinar uma criança. Juntando más amizades o jovem cai mesmo nesse mundo das drogas, e pra manter o vício, entram para o mundo do crime... O caráter das crianças se formam dentro de casa.

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  11. Sabemos que os jovens estão, cada dia que passa mais entregues aos traficantes que os viciam trazendo destruição em suas vidas e na vida dos familiares e da sociedade em geral... como podemos evitar tal tragédia que assola nossa sociedade e nossa geração??

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  12. Se o jovem não tem uma boa estrutura,familiar cercada de amor,imposição de limites,educação e apoio; a criança,na adolescência tende a procurar isso na rua,aí meu amigo,vira uma bola de neve tão grande que acaba atropelando a sociedade e os própios familiares!!Amor,atenção e limites,são ingredientes que todas as famílias deveriam ter sempre!!!!!

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  13. Um jovem que tem um bom diálogo com seus pais e tem sua família como um porto seguro, difícilmente se envolverá com criminalidade. Veja que a maioria dos jovens que entram nesse mundo das drogas vem de famílias separadas, presenciaram durante a vida muitas brigas e não tiveram uma verdadeira estrutura familiar que os amparassem. Uma família que se preocupa com os filhos, pensam antes de tudo que filho é responsabilidade, não podem ser jogados no mundo e serem criados aí de qualquer jeito.

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  14. Já vi casos em que as famílias dão o maior apoio para os filhos e eles nem assim dão valor e caem no mundo da criminalidade.

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