MARINA SILVA, O MEIO AMBIENTE E OS PRESIDENCIÁVEIS

Nada parece ser mais importante neste momento para os candidatos José Serra e Dilma Rousseff do que o apoio da senadora Marina Silva (PV) no segundo turno das eleições. A mídia nacional, inclusive, tem destacado diariamente a tentativa de aproximação de lideranças do Partido dos Trabalhadores e do PSDB à candidata, que obteve quase 20 milhões de votos na disputa presidencial. Possivelmente Marina Silva permanecerá neutra com relação ao apoio a tucanos ou petistas. A senadora já revelou durante entrevistas que o ideal é que o Partido Verde realize uma plenária para tomar tal decisão. Aliando-se a um dos candidatos, a senadora pode acabar decepcionando parte do eleitorado, que apostou em suas propostas e a vê como uma alternativa de mudança e melhorias no Brasil. Mesmo sem ter a ajuda da candidata verde, é óbvio que Serra e Dilma têm outros meios para ganhar a simpatia e o voto de eleitores de Marina Silva. Uma das possibilidades seria mostrar mais atenção com as questões ambientais, algo que não aconteceu até agora e aparentemente não faz parte da pauta de prioridades do futuro presidente, seja ele petista ou tucano. No entanto, é visível que este é o momento de o Brasil tomar definitivamente a dianteira na América do Sul (para então mobilizar os demais países) e tratar a preservação da natureza como algo sério, priorizando projetos sustentáveis e que não agridam o meio ambiente. Do contrário, de nada adiantarão o avanço e o desenvolvimento em outros setores como educação, segurança pública e saúde, uma vez que as futuras gerações não poderão desfrutar de nada disso sem ter no mínimo um meio adequado para se viver. A natureza tem se mostrado cada vez mais intolerante com as agressões do homem, algo que só tende a piorar com o passar dos anos.