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Trief

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7 de agosto de 2010

MÁ RESTAURAÇÃO DE FLORESTA PODE SER PIOR QUE MANTER ÁREA DEVASTADA

Obrigar agricultores a recuperarem áreas devastadas em grandes propriedades (com mais de quatro módulos agrícolas), como propõe o novo Código Florestal, pode ter impactos desastrosos ao meio ambiente. Isso porque nem todas as recuperações de áreas ambientais são feitas com vegetação nativa e adequada para as características do bioma. "Já vi plantio de árvores em regiões com pouca água que acabaram morrendo por competição. A região ficou sem vegetação e a morte das árvores gerou carbono", exemplificou a engenheira florestal Giselda Durigan, do Instituto Florestal do Estado de São Paulo. O plantio de vegetação exótica (não nativa) é outro problema comum nas recuperações florestais promovidas por agricultores. "Ao tentar restaurar uma área, um agricultor pode destruir um ecossistema", diz Durigan. O novo Código Florestal determina que no máximo 50% das áreas recuperadas podem ser compostas por espécies exóticas. "Mas não está claro qual é a riqueza da flora que deve ser plantada, alternando plantas exóticas e nativas. Posso plantar só café e peroba na minha reserva?", questiona-se o biólogo Sergius Gandolfi, da USP de Piracicaba. PLANO B - Uma alternativa à recuperação de uma área devastada, para Durigan, do Instituto Florestal, pode ser a compensação, ou seja, a compra ou doação à União de área preservada de mesma proporção do que foi devastado pelo agricultor. Para o biólogo Otávio Marques, do Instituto Butantan, no entanto, a compensação florestal não resolve o impacto ambiental da fauna. "Não se pode tirar um réptil de uma área e colocar em outra região distante. Espécies diferentes não vivem em regiões distintas", explica. O novo Código Florestal obriga grandes agricultores --donos de 80% da área rural do país-- a restaurarem APPs (áreas de proteção permanente) desmatadas e dá incentivos econômicos para proprietários as restaurarem. Gandolfi, da USP, é contra incentivos para preservação de florestas em propriedades agrícolas. "Não há incentivos para que as fábricas não emitam poluentes na atmosfera", compara. A discussão sobre o novo Código Florestal aconteceu na terça-feira (3), na Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo), em uma reunião de cientistas organizada pela coordenação do projeto Biota/Fapesp. O novo Código Florestal, proposto pelo deputado federal Aldo Rebelo (PCdoB-SP), foi aprovado no mês passado por uma comissão da Câmara, e ainda precisa ser votado no Congresso. (Edson Duarte – Líder do PV no Congresso Nacional e candidato a Senador pela Bahia).

4 comentários:

  1. Devemos instigar nossos governantes a investir em algumas coisas que contribuem para a preservação da natureza. Como o turismo ecológico ou ate mesmo pesquisas farmacológicas. Investindo em turismo ecológico, preservamos a natureza e ainda ganhamos dinheiro. Podemos aproveitar a biodiversidade brasileira para fazer pesquisas e criar patentes de novos remédios. E para tanto, o meio ambiente tem que ser preservado.
    Sandra Ribeiro

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  2. TODA FORMA DE DEVASTAÇÃO DAS NOSSAS FLORESTAS DEVE SER COMBATIDA COM RIGOR E O GOVERNO DAR SINAIS DE NÃO POSSUIR COMPROMISSO COM ISTO. REBELEMOS-NOS ENTÃO!!!! VOTEMOS CONTRA OS CANDIDATOS DO GOVERNO!!!!
    NUNES

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  3. Prezado amigo Val Cabral

    Nos últimos dias estou mais sensível às questões relativas ao Meio Ambiente. Creio que seja pelo fato de, com uma certa frequência, estar visitando verdadeiros santuários ecológicos aqui no sul da Bahia.
    Li algumas dissertações a respeito do desafio de preservar a natureza e, ao mesmo tempo, possibilitar um desenvolvimento social justo, permitindo que as sociedades humanas atinjam uma melhor qualidade de vida em todos os aspectos. Isso tudo é meio complexo e grandes empresas, preocupadas com essa questão, estão se movimentando para adotar novas soluções que impulsionem o desenvolvimento ecologicamente correto.
    Mas eu e você? O que podemos fazer para ajudar o Meio Ambiente?
    Parta do princípio de agir localmente pensando globalmente. Você, que já não promove queimadas em grandes propriedades de terra e muito menos faz desmatamento clandestino de mata nativa, o que pode fazer para contribuir com a preservação? Simples – Comece dentro da sua casa, reciclando tudo o que seja possível. Papel, metal, vidro, plástico, enfim – TUDO!
    E quanto ao lixo orgânico? Faça uma horta e use como adubo! Ah, esqueci – Você mora em um apartamento… Então, depois do aproveitamento total dos alimentos (inclusive cascas de hortaliças, legumes e frutas), jogue no lixo.
    Aqui, na empresa onde eu trabalho, o pessoal está investindo pesado na preservação do verde. É uma verdadeira demonstração de amor a natureza.

    Paulo do Pontalzinho paupont@bol.com.br

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  4. Gostei muito da sua postagem... é muito importante saber que ainda tem pessoas preocupadas com a natureza.
    Mas que pena que enquanto nós queremos ajudar o futuro, outros já pensam em distruir
    arvores, rios, etc. Não sei pra que se não vai ser usado da forma certa !!!
    sou comtra o desmatamento de tudo!!
    e sim a favor da natureza!!!
    Vanessa de Souza

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