Sob salva de palmas, o policial militar Gilberto Jorge Cajado de Castro, 39 anos, foi enterrado no final da manhã de ontem. Parentes e amigos compareceram ao cemitério Campo Santo para prestar as últimas homenagens à vítima. Gilberto, que era lotado nas Rondas Especiais (Rondesp), foi assassinado com um tiro no peito após um desentendimento em um bar da Rua do Iguatemi, em Periperi. O autor dos disparos, Lenílson Jesus Windemberg, 26 anos, foi preso em flagrante e permanece nas carceragens da 5ª Delegacia. Mãe e viúva do PM não quiseram falar com a imprensa. Colegas de trabalho, fardados ou não, choravam e amparavam-se lamenta ndo o ocorrido. Casado há mais de 10 anos, Gilberto deixou esposa e uma filha de quatro anos. A vítima era conhecida por muitos no bairro e, segundo amigos, não possuía inimigos. De acordo com o professor Paulo Passos, amigo da vítima, Gilberto foi nascido e criado em Periperi e costumava frequentar o bar, onde ocorreu o crime, pois fica há três quadras da residência dele. “Aquele bar para ele era como o quintal de casa. Mas infelizmente ele não sabia quem iria encontrar. Ele era uma pessoa amiga e querida por todos. Muitas versões estão aparecendo sobre o crime, mas até o momento, não sabemos dizer o que de fato aconteceu”, afirmou. Em depoimento à delegacia, Lenílson contou que estava bebendo em comemoração ao aniversário, quando o militar lhe deu R$ 50 e ordenou que comprasse bebidas em outro local. Como demorou de voltar, foi xingado, agredido com dois tapas no rosto e o policial ainda teria atirado para cima. O acusado contou que foi em casa, pegou um revólver calibre 380 e disparou contra Gilberto, atingindo-o no peito. “Não sabia que ele era policial”, defendeu-se. A família da vítima não acredita nesta versão, mas também não sabe precisar o que pode ter ocorrido. “Ainda é cedo para falarmos sobre o que houve. Só os dois (Gilberto e Lenílson) é que sabem o que realmente aconteceu”, afirmou sem se identificar, uma prima do PM. A vítima ainda foi socorrida para o Hospital João Batista Caribé, mas não resistiu ao ferimento. Lenílson, que trabalhava como segurança, terminou preso em flagrante por policiais da 5ª Delegacia. A arma usada no crime foi encontrada na casa de um cunhado dele, também detido pela polícia. Lenílson preferiu não informar como adquiriu o revólver. ARMAS NAS MÃOS DE VIGILANTES: Está se tornando cada vez mais frequente ocorrência de crimes cometidos por seguranças. Segundo dados divulgados pelo Instituto Sou d a Paz, no Brasil existem 1,1 milhão de vigilantes, sendo que apenas 350 mil são registrados. Em São Paulo, maior capital financeira do país, 97.549 armas de fogo estão registradas por empresas de segurança privada e circulam nas mãos desses trabalhadores. Já na capital baiana, crimes envolvendo seguranças amedrontam aqueles que contratam o serviço. No dia 3 de abril, Samuel Amorim dos Santos, de 22 anos, foi morto com três tiros disparados pelo vigilante Mauro Penha de Almeida, de 47 anos. O crime ocorreu na Rua Alameda dos Sombreiros, em Caminho das Árvores, área nobre de Salvador. Preso em flagrante e conduzido para a 7ª Delegacia, Mauro afirmou que agiu em legítima defesa. A vítima foi atingida na região do abdômen e axila. Outro caso ocorreu no início de fevereiro deste ano. Por não aceitar o fim do relacionamento, o segurança Geovani Carvalho Souza, 28 anos, tentou matar a ex-companheira Cilene Macedo Santos, 27 anos. A tentativa de homicídio ocorr eu no Centro Administrativo da Bahia (CAB), local onde o acusado trabalhava como segurança. Ao ser cercado pela polícia, o acusado ainda trocou tiros com militares das Rondas Especiais (Rondesp), foi baleado e preso em flagrante. (Daniela Pereira).
Morte não é uma casualidade para a rotina policial militar, porque o risco é esperado. Mas a perda da vida de um homem ou mulher policial é muito doloroso para a família que é a Polícia Militar, como também entendemos ser para milhares e milhares de pessoas que contam e acreditam na Instituição de Segurança Pública.
ResponderExcluirInfelizmente, mais um herói que se vai.
ResponderExcluirQue Deus ilumine o caminho da família deste policial militar morto, pois eles vão precisar muito, o que fica são lembranças.
ResponderExcluirBoa noite! Nao importa a versao que vai sair agora... um esta morto e o outro na prisao! dos dois lados a perdas, uma talvez pior que a outra, mas o que mim deixar triste é sempre essa tendencia a agressividade, provacaçao que os brasileiros tem e no dia-a-dia se matam e morrem por nada, por bagatela...nao entendo! outros paìses tem guerras etc... mas aqui parece que matam porque gostam!!! nao entendo.... nunca vou entender!
ResponderExcluirlindacarinhosa1@hotmail.com