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Trief

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25 de abril de 2010

NÃO É A MAIORIDADE QUE GARANTE RESPONSABILIDADE DE CONDUTA

O problema da criminalidade está na boca do povo. Isso é bom. É interessante ver que a classe média alta começa a se preocupar com a questão da criminalidade, muito embora saibamos que isso só ocorre porque a violência começa a invadir os condomínios e bairros de gente de elite de forma mais explícita, para além da violência doméstica e dos delitos sexuais silenciosos que ali existem. Enquanto está nas periferias e nas favelas, a criminalidade é alienígena e, portanto, pouco ou nada sensibiliza. A questão se torna delicada, porém, quando percebemos a tentativa de apontar soluções ingênuas para a segurança pública, fundadas na cultura de importação de modelos de outros países que, de modo algum, se aplicam à realidade brasileira. É lamentável perceber que o costume de julgar o importado sempre melhor do que o nacional ultrapassa o campo de fabricação dos eletrônicos, das roupas e até das comidas, chegando, perigosamente, à esfera das políticas públicas. Se nos Estados Unidos a maioridade penal varia entre 6 e 12 anos, isso não significa que tal modelo seja o mais adequado para o Brasil. Aliás, nem mesmo para os americanos. Numa sociedade preconceituosa como a norte-americana, crianças e adolescentes com sérios problemas de comportamento, autores de crimes bárbaros, surgem aos montes todos os dias. Não é a maioridade penal quem estabelece a tônica de uma juventude psicologicamente saudável e livre de envolver-se em atos de violência. Que crianças e adolescentes brasileiros estão cada vez mais envolvidos com a criminalidade violenta, isso não é novidade. Já na década de 1980 se falava em “trombadinhas”, expressão quase carinhosa para identificar jovens autores de atos infracionais, que representavam o mais podre lixo da sociedade brasileira. Hoje, o número de jovens infratores aumentou e as drogas têm um papel fundamental nesse processo. Porém, colocar essas crianças nos nossos desumanos cárceres não é a solução para o problema. É apenas uma satisfação imediata para aqueles que não querem sujar as mãos com as tentativas de resgatar um mínimo de dignidade que permita a esses jovens uma convivência salutar no nosso meio social.

5 comentários:

  1. Os pais destes delinquentes, digo, os adolescentes assassinos, ladrões, coniventes com todo o tipo de violência, devem pagar de alguma forma por terem sido péssimos pais...

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  2. Vivemos num estado de acomodação nacional! Os podres políticos continuam no poder e não fazem nada...e nós também não fazemos nada!
    Só assistimos embasbacados a tanta patifaria!

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  3. Eu acredito que os adolescentes infratores não recebem a punição devida. O Estatuto da Criança e do Adolescente é muito tolerante com os infratores e não intimida os que pretendem transgredir a lei. Se a legislação eleitoral considera que jovem de 16 anos com discernimento para votar, ele deve ter também tem idade suficiente para responder diante da Justiça por seus crimes.

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  4. Por que os governantes não fazem um plebiscito? Será que vai ser preciso um menor matar alguém importante, um filho de um presidente, de um empresário poderoso para tomarem uma atitude?
    Sou a favor de reduzir a maioridade penal para os 13 anos!!!!

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  5. Muitas pessoas ainda acreditam na potencia americana, e acham que o quer os americanos tem é bom, é uma pena!!! porque os americanos tem problemas tao graves na sua sociedade com a nossa Brasileira! espelhe sim brasileiros nos exemplos como da Suecia, suiça, Noroega... mas nao na americana que é nada mais do quer uma copia um pouco melhorada do brasil.

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