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30 de janeiro de 2010

HAITI DENUNCIA TRÁFICO DE ÓRGÃOS E CRIANÇAS

Os Estados Unidos afirmaram nesta quinta-feira que vão trabalhar com o governo do Haiti e organizações humanitárias para proteger as crianças que ficaram órfãs ou foram separadas dos pais pelo terremoto do último dia 12. A ajuda vem um dia depois do premiê haitiano, Jean-Max Bellerive, denunciar o tráfico de crianças e de órgãos no país após o tremor. "Nós temos preocupações com os traficantes, nós temos preocupações com os pedófilos", disse o porta-voz do Departamento de Estado americano, P.J. Crowley, citado pela rede de TV CNN. "Nós vimos alguns casos nos últimos dias. Então isso é algo no qual estamos trabalhando coletivament e com estas organizações que estão ativamente tentando ajudar crianças, pessoas no local, para estarem alertas a este tipo de perigo". Crowley afirmou ainda não ter conhecimento de que qualquer criança haitiana tenha sido trazida ilegalmente os EUA. Os EUA, assim como Espanha, Holanda e França, decidiram depois do terremoto acelerar os processos de adoção de crianças haitianas já aprovados. Ele lembrou também que a polícia haitiana já tem brigadas de proteção a crianças antes mesmo do tremor. "Obviamente, estamos trabalhando com elas, mas também tentando suplementar a capacidade no local". Em entrevista à CNN na quarta-feira (27), Bellerive afirmou que "há tráfico de órgãos para crianças e outras pessoas, porque existe uma necessidade para todo tipo de órgãos". O primeiro-ministro haitiano não deu detalhes, mas quando a jornalista Christiane Amanpour perguntou se também há tráfico de crianças, Bellerive respondeu: "As informações que eu receb i dizem que sim". VULNERÁVEIS: As crianças representam 45% da população haitiana e estão entre os grupos mais vulneráveis dos sobreviventes do terremoto do último dia 12. Embora não haja um número oficial, a ONG Save The Children estima que haja 1 milhão de crianças órfãs, desacompanhadas ou que perderam ao menos um dos pais no terremoto. Muitas delas agora vagam nas ruas de Porto Príncipe em busca de comida e de algum familiar. Segundo Bellerive, o tráfico de crianças é "um dos maiores problemas que temos". O primeiro-ministro declarou que está trabalhando com as embaixadas em Porto Príncipe para proteger as crianças dos traficantes. Jean-Claude Legrand, assessor de proteção da infância do Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância), disse na semana passada que o tráfico de crianças já existia no Haiti antes do terremoto, com vínculos com redes internaci onais de adoção ilegal. Os traficantes, contudo, aproveitam tragédias como o terremoto para roubar crianças que ficaram órfãs ou cujos parentes ainda não foram encontrados. O Unicef já expressou sua preocupação com a saída de crianças supostamente órfãs do Haiti sem contar com a documentação adequada ou sem que os trâmites legais de sua adoção tenham sido concluídos. O Unicef falou inicialmente sobre 15 crianças sequestradas em hospitais haitianos, mas depois disse que precisava confirmar esse número. Na terça-feira (26), diferentes organizações do norte da República Dominicana disseram que o trânsito de crianças haitianas para cidades do país após o terremoto é alarmante.

2 comentários:

  1. O povo haitiano está perdido em meio a tantos descaminhos; o governo mendiga a ajuda internacional e o país se encontra completamente destroçado. Diante de tudo isso, cá do alto da nossa impotência, no resta perguntar: será que ainda pode piorar? Esperamos, siceramente, que não…

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  2. Como podem se aproveitar de uma tragédia para isso? Que horror!!!!!!

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