WAGNER ESTÁ NO GOVERNO A PASSEIO

Matéria exclusiva do Jornal da Metrópole mostra que Wagner viajou, em pouco mais de dois anos e meio, mais vezes ao exterior do que Paulo Souto nos oito anos em que governou a Bahia. A diferença é que, cada vez que ia ao exterior, Souto trazia recursos ou empresas para a Bahia, e Wagner, em todas as suas viagens nada trouxe para o estado, a não ser as fotografias dos passeios. Com dois anos e dez meses de mandato, o governador Jaques Wagner já viajou para 17 países. Os números deixariam qualquer turista “profissional” e abonado com inveja, caso as viagens do governador não fossem a trabalho e bancadas com dinheiro público. Apesar disso, o Palácio de Ondina não informa custos e nem mesmo os integrantes das comitivas que embarcam com o chefe do Executivo baiano. Isso sem falar dos resultados das andanças do governador mundo afora, que, em termos práticos, são muito questionadas pela falta de objetividade. As viagens de Wagner ao exterior se tornaram verdadeiras caixas-pretas, cercadas de segredos. Mas pelo menos uma coisa não dá para esconder: a peregrinação não trouxe qualquer resultado concreto para a Bahia. Estima-se que o atual mandato já tenha esvaziado os cofres públicos em mais de R$ 1 milhão para bancar as viagens de Wagner. Levantamento realizado pelo Jornal da Metrópole em uma agência de turismo indica que a volta ao mundo pode ter custado cerca de R$ 275 mil, levando em conta apenas os gastos do governador – que, claro, é acompanhado de comitiva nas viagens oficiais. O Jornal da Metrópole fez um levantamento no site da Agência de Comunicação do governo e levou os dados a uma agência de viagens, que chegou ao valor estimado de R$ 275 mil, levando em conta apenas os gastos de Jaques Wagner. “Calculei para cliente de classe econômica elevada, com passagens em primeira classe e executiva, incluindo hospedagem em hotéis 5 estrelas e translado”, explica uma profissional que trabalha no ramo há 20 anos. A conta exclui alimentação e transporte.