BIRA DO JEGUE É ACUSADO DE COMANDAR EXTORSÃO

A inusitada figura que nos últimos 20 anos concorreu a diversos cargos eletivos deixou o noticiário político da Bahia para ingressar nas páginas de polícia. Ubiratan Tavares, mais conhecido pelo apelido de Bira do Jegue, é agora apontado como líder de uma quadrilha que responderá pelo crime de extorsão. Os integrantes do bando se apresentavam como Doutores Sorriso e diziam fazer parte da Trupe da Alegria. Assim, ocupavam algumas sinaleiras de Salvador para pedir dinheiro, sob a alegação de que toda a quantia seria repassada para instituições de caridade. Na verdade, o dinheiro arrecadado, segundo investigação da Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos (DRFR) que durou cerca de 15 dias, era para uso pessoal dos próprios “doutores”. A polícia descobriu a fraude após prender uma das integrantes do grupo, que denunciou o esquema. Miguel Arildo Cavanhas, 41 anos, Sueli Roseiro Santana, 40, e Caroline Pereira Gonçalves, 18, foram presos sob a acusação de extorsão e formação de quadrilha. Bira do Jegue e Ana Valéria Gouveia Couto, 38 anos, prestaram depoimento na DRFR, mas foram liberados em seguida porque não houve flagrante. O esquema de extorsão foi denunciado pela ex-mulher de Miguel, presa em flagrante na manhã de terça-feira (22), por assalto. O grupo atuava principalmente em sinaleiras localizadas na Rótula do Abacaxi, na Avenida Garibaldi e na cidade baixa.