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Trief

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21 de abril de 2009

PAÍS DO FALTA UM DEDO - Pensava que vivia num país do “falta um dedo” e que isto simbolizasse que mesmo no meio das carências as pessoas submetidas aos maus tratos ou ao trabalho forçado e sem cuidado, poderiam buscar e alcançar a dignidade na vida. Pensava que neste país do “falta um dedo” faltavam outras coisas também, como a água, a luz, o pão, o chão pra plantar, a casa, o trabalho, a saúde, a educação, o mínimo para se viver com dignidade, etc. Pensava que neste país faltava uma política de inclusão das pessoas portadoras de deficiências, dos velhos, dos menos favorecidos e dos que sempre foram impedidos de se incluírem com dignidade na vida social. Pensava que no período do governo do “falta um dedo” estas carências e estas faltas seriam combatidas e supridas, mesmo que com muito trabalho e com muito enfrentamento político, porque para mudar o país do “falta um monte de coisas” para um mais justo, fraterno e humano, as forças do mal teriam que ser combatidas com justiça, com a força do voto do povo, com a lei e com o direito. Pensava que mudanças ocorreriam na cultura política e na estrutura de poder deste país do “falta um dedo”, pois a dor do povo, a dor da fome, a dor do não ter onde morar, trabalhar e estudar, estava simbolizado no dedo que faltava. Pensava, esperava, votava e aguardava. Agora estou descobrindo que o país do “falta um dedo” é também um país do “falta ética na política”, falta “vergonha na cara” de alguns políticos, falta dignidade em alguns que assumiram pelo voto sagrado do povo o dever sagrado de cuidar do povo e não o fazem, pois preferem cuidar de si mesmos, ao invés de desempenharem suas funções de forma legal, de legalidade e legal, de legal mesmo e por fazer “coisas legais” para o povo. Agora descobri que o erro, o crime, a violência contra a mulher, a exploração da criança, o roubo, a bandalheira, a corrupção e outros adjetivos, só são considerados erros passíveis de punição se houver quem consiga convencer os “juízes” da veracidade dos fatos que são fatos no mundo real. Descobri que aqueles que foram eleitos para cuidarem do povo, estão cuidando dos que foram eleitos pelo povo e constrangendo os representantes “legais” do povo para que não punam os que cometem crimes e, mesmo que no vocabulário desta elite política as palavras tenham outras conotações, crimes são sempre crimes. Descobri que a falta que angustia o povo é a falta de vergonha e de respeito para com a população, que está presente entre os que foram eleitos pelo voto popular. Descobri que nem Igreja ecumênica, nem não ecumênica, nem carismática, nem progressista, nem tradicional, nem pentecostal, se faz presente nesta hora para denunciar profeticamente e indicar o caminho do direito e da justiça, pois o que acontece no Senado Federal deste país do “falta ética” é coisa para o juízo divino, é coisa para a justiça de Deus, uma vez que nos nossos “juízes” não têm competência para julgar e condenar. Acho que estou vivendo no país do “falta respeito para com Deus”, pois se houvesse muitas coisas mudariam, pois não dá para ir ao culto ou à missa em respeito a Deus e não ser impulsionado pelo Espírito de Deus para a prática da justiça e do direito que Ele mesmo criou para orientar a vida e os relacionamentos. As leis nós criamos, mas o direito e a justiça são de Deus e elas nunca faltam, em algum momento da vida julgarão a todos, sobretudo os que roubam e impedem a vida digna e a esperança do povo pobre e sofrido. O dedo que ninguém vê é o dedo indignado de Deus apontado para os poderosos. Josué Adam Lazier

7 comentários:

  1. Acho que não falta um só e sim vários.

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  2. falta as dez vantagens de lula pois só tem 9 desvantagens.

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  3. lula com 9 dedos ja rouba muito o brasil na velocidade da luz imagine com os 10 dedos o que ele não faria.

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  4. O QUE FALTA MESMO NESTE PAÍS, É VERGONHA NA CARA DOS ELEITORES, PARA QUE ELES NÃO PERMANEÇAM VOTANDO EM POLÍTICOS CORRUPTOS, MALANDROS, MENTIROSOS, DEMAGOGOS... COMO CUMA, GERALDO, WAGNER, LULA E ESSE CAPITÃOZINHO DE ARAQUE, QUE ATUALMENTE
    "GOVERNA" NOSSA CIDADE.

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  5. O QUE FALTA MESMO NESTE PAÍS, É VERGONHA NA CARA DOS ELEITORES, PARA QUE ELES NÃO PERMANEÇAM VOTANDO EM POLÍTICOS CORRUPTOS, MALANDROS, MENTIROSOS, DEMAGOGOS... COMO CUMA, GERALDO, WAGNER, LULA E ESSE CAPITÃOZINHO DE ARAQUE, QUE ATUALMENTE
    "GOVERNA" NOSSA CIDADE.

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  6. Como se não bastasse a chegada do "internautês" (ortografia usada pelos internautas),
    para atrapalhar o idioma brasileiro que já é dificil e entupido de expressões estrangeiras, o que motivou o governo a proibir que nomes de novas empresas e lojas utilizassem desse expediente, sob pena de não obterem o respectivo registro nas Juntas Comerciais, leem-se atualmente em muitos cartazes (out doors), estampados na cidade a contração do artigo "o" com a preposição de, ou seja:do, jogada às traças. agora é grafadade,"du". O Ministerio da Educação, acaba de promover uma reforma ou acordo ortografico,visando unificar a esrita de todos os paises de lingua portuguesa e, com altissimo custo financeiro, alem de provocar tremenda confusão na sociedade em todos os niveis (possiveis e imaginarios). Pergutamos: à permitir que nosso idioma seja brutalmente assassinado, para que gastar tanto e provocar tamanha reviravolta?

    Paulo do Pontalzinho
    paupont@bol.com.br

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  7. Reservo-me ao direito de não me identificar. Mas gostaria muito que este meu comentário venha a ser postado. E desejo inicialmente, reconhecer neste seu blog, um espaço democrático e que realmente faz a notícia chegar aos formadores de opinião. Val Cabral tem se revelado um excelente comunicador da imprensa falada e escrita e este seu blog é o melhor da cidade. O assunto que quero abordar necessita da paciência dos leitores, pois não posso expressá-lo sem a delonga que requer suas minúcias. Mas vamos lá:
    O Brasil não é um país intrinsecamente corrupto. Não existe nos genes brasileiros nada que nos predisponha à corrupção, algo herdado, por exemplo, de desterrados portugueses. A Austrália que foi colônia penal do império britânico, não possui índices de corrupção superiores aos de outras nações, pelo contrário. Nós brasileiros não somos nem mais nem menos corruptos que os
    japoneses, que a cada par de anos têm um ministro que renuncia diante de denúncias de corrupção. Somos, sim, um país onde a corrupção, pública e privada, é detectada somente quando chega a milhões de dólares e porque um irmão, um genro, um jornalista ou alguém botou a boca no trombone, não por um processo sistemático de auditoria. As nações com menor índice de corrupção são as que têm o maior número de auditores e fiscais formados e treinados. A Dinamarca e a Holanda possuem 100 auditores por 100.000 habitantes. Nos países efetivamente auditados, a corrupção é detectada no nascedouro ou quando ainda é pequena. O Brasil, país com um dos mais elevados índices de corrupção, segundo o World Economic Forum, tem somente oito auditores por 100.000 habitantes, 12.800 auditores no total. Se quisermos os mesmos níveis de lisura da Dinamarca e da Holanda precisaremos formar e treinar 160.000 auditores. Simples. Uma das maiores universidades do Brasil possui hoje 62 professores de Economia, mas só um de auditoria. Um único professor para formar os milhares de fiscais, auditores internos, auditores externos, conselheiros de tribunais de contas, fiscais do Banco Central, fiscais da CVM e analistas de controles internos que o Brasil precisa para combater a corrupção.
    A principal função do auditor inclusive nem é a de fiscalizar depois do fato consumado, mas a de criar controles internos para que a fraude e a corrupção não possam sequer ser praticadas. Durante os anos de ditadura, quando a liberdade de imprensa e a auditoria não eram prioridade, as verbas da educação foram redirecionadas para outros cursos. Como conseqüência, aqui temos doze economistas formados para cada auditor, enquanto nos Estados Unidos existem doze auditores para cada economista formado. Para eliminar a corrupção teremos de redirecionar rapidamente as verbas de volta ao seu devido destino, para que sejamos uma nação que não precise depender de dedos duros ou genros que botam a boca no trombone, e sim de profissionais competentes com uma ética profissional elaborada.
    Países avançados colocam seus auditores num pedestal de respeitabilidade e de reconhecimento público que garante a sua honestidade. Na Inglaterra, instituíram o Chartered Accountant. Nos Estados Unidos eles têm o Certified Public Accountant. Uma mãe inglesa e americana sonha com um filho médico, advogado ou contador público. No Brasil, o contador público foi substituído pelo engenheiro.
    Bons salários e valorização social são os requisitos básicos para todo sistema funcionar, mas no Brasil estamos pagando e falando mal de nossos fiscais e auditores existentes e nem ao menos treinamos nossos futuros auditores. Nos últimos nove anos, os salários de nossos auditores públicos e fiscais têm sido congelados e seus quadros, reduzidos - uma das razões do crescimento da corrupção. Como o custo da auditoria é muito grande para ser pago pelo cidadão individualmente, essa é uma das poucas funções próprias do estado moderno. Tanto a auditoria como a fiscalização, que vai dos alimentos e segurança de aviões até os direitos do consumidor e os direitos autorais.
    O capitalismo remunera quem trabalha e ganha, mas não consegue remunerar quem impede o outro de ganhar roubando. Há quem diga que não é papel do Estado produzir petróleo, mas ninguém discute que é sua função fiscalizar e punir quem mistura água ao álcool. Não serão intervenções cirúrgicas (leia-se CPIs), nem remédios potentes (leia-se códigos de ética), que irão resolver o problema da corrupção no Brasil. Precisamos da vigilância de um poderoso sistema imunológico que combata a infecção no nascedouro, como acontece nos países considerados honestos e auditados. Portanto, o Brasil não é um país corrupto. É apenas um país que não prestigia e nem cria mecanismos sérios de impedir a corrupção.

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