VALÉRIO NEGOCIA UMA “DELAÇÃO PREMIADA” NO MENSALÃO - Em segredo, o ex-provedor de arcas eleitorais Marcos Valério negocia com o Ministério Público uma delação premiada no caso do mensalão. Em troca de redução ou até de eliminação da pena, Valério estaria disposto a abrir o baú de malfeitorias para a Procuradoria da República. Deve-se a descoberta ao repórter Frederico Vasconcelos. É uma informação com potencial para eriçar os pelos de petistas e as plumas de tucanos. Valério ganhou as manchetes em 2005. Descobriu-se que repassara pelo menos R$ 55 milhões a partidos e congressistas que dão suporte político ao governo Lula. Antes, em 1998, Valério montara esquema semelhante em Minas Gerais. Dessa vez a serviço do tucanato mineiro. Borrifara verbas de má origem na escrituração da malsucedida campanha de Eduardo Azeredo à reeleição para o cargo de governador do Estado. Correm no STF processos relativos aos dois casos. Se levada a bom termo, a delação de Valério poderia empurrar dados novos para os autos do mensalão e do tucanoduto. As tratativas, por sigilosas, são recobertas por uma camada de desconversa. "Não temos nada a declarar sobre o assunto", diz Marcelo Leonardo, advogado de Valério. Ouvida, a Procuradoria Geral da República, em Brasília, limitou-se a informar que não remeteu nada a respeito para o STF. Acrescentou que o acompanhamento do caso é de responsabilidade do Ministério Público Federal em Minas. Na hipótese de resultar em acordo, a delação de Valério terá de ser autorizada pelo STF. Relator do processo do mensalão, o ministro Joaquim Barbosa não é avesso a esse tipo de procedimento, previsto em lei. Porém, se for adiante, a negociação terá de ser referendada não por um, mas pela maioria dos ministros que compõem o plenário do Supremo. (Escrito por Josias de Souza).
ainda se fala de vaério não sei porque ele ainda n esta preso.
ResponderExcluirpelo visto o sr. marcos valério é como os outros que vive mamando roubando e o povo gostando creio eu que se ele fosse candidato a presidente ganharia pois ele se enquadra no perfil de quem o povo gosta.
ResponderExcluirvalério Deus proverá.
ResponderExcluirrpz valério aida n se contetou e quer mais ainda.e lula ainda dá suporte mas é claro são amigos de cachaça.
ResponderExcluirSe ele abrir a boca, Lula vai acabar sendo desmascarado como o líder da quadrilha de corruptos que é o PT.
ResponderExcluirVocê já reparou como é a estética da corrupção? Adoro a semiologia dos casos cabeludos sob suspeita, adoro a reação dos implicados, adoro o vocabulário das defesas, das dissimulações, as carinhas franzidas dos acusados na TV, ostentando dignidade, adoro ver ladrões de olhos em brasa, dedos espetados, uivos de falsas virtudes e, mais que tudo, lágrimas de crocodilo.
ResponderExcluirTodos alegam que são sérios, donos de empresas "impecáveis". Vai-se olhar as empresas, e nunca nada rola normal, como numa padaria. As empresas sempre são "em sanfona", uma dentro da outra, "en abîme", sempre têm "holdings", subsidiárias, são firmas sem dono, sem dinheiro, sem obras, todas vagando num labirinto jurídico e contábil que leva a um precioso caos proposital, pois o emaranhado de ladrões dificulta apurações.
Também gosto muito do vocabulário dos velhacos e tartufos. É interessante ver a ciranda das caras indignadas na TV, as juras de honestidade, é delicioso ouvir as interjeições e adjetivos raros : "ilibado", "estarrecido", "despautério", "infâmias", "aleivosias".
São palavras que ficam dormindo em estado de dicionário e só despertam na hora de negar as roubalheiras.
Outra coisa comum nos canalhas é a falta de memória. Ninguém se lembra de nada nunca: "Como? D. Sirleide, aquela mulher ali, loura de minissaia? Não me lembro se foi minha secretária ou não."
E o aparente descaso com o dinheiro? Na vida real, eles cheiram a grana como perdigueiros e, no entanto, se justificam: "Ihhh... como será que apareceu um milhão de reais na minha gaveta? Nem reparei. Ahhh... essa minha memória!..."
Adoro também ver as fotos das placas da Sudam. Sempre aparece um terreno baldio com a placa da Sudam e o nome pomposo da empresa fantasma, onde, às vezes, ao longe, um burro pensativo pasta...
Detesto ver o balé jurídico da impunidade. Assim que se pega o gatuno, ali, na boca da cumbuca, ali, na hora da "mão grande", surgem logo os advogados, com ternos brilhantes, sisudos semblantes, liminares nas pastas.
Éssa é a paisagem deplorável de nossa vida brasileira, exemplos de sordidez descarada, que tanto nos ensinam sobre o nosso Brasil.
A imagem da endêmica sem-vergonhice nacional.
José Noschang