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28 de março de 2009

SIMON DIZ QUE PMDB FICARÁ COM QUEM PAGA MAIS - O senador Pedro Simon-RS disse que "o PMDB está se oferecendo para ver quem paga mais e quem ganha mais" na articulação para a eleição presidencial em 2010. Numa entrevista publicada ontem pelo jornal O Tempo, Simon afirmou que o processo de escolha do partido se dará entre a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff-PT, e o governador de São Paulo, José Serra-PSDB, ambos pré-candidatos ao Planalto. O senador Simon é um dos líderes da ala favorável a que o PMDB lance um candidato próprio à sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Simon criticou os "métodos de condução" do atual comando do PMDB. Disse que a direção "não está à altura do partido". Sugeriu "uma limpa" na legenda e disse que no governo do presidente Lula a maior parte dos correligionários peemedebistas utiliza como moeda de negociação com o governo federal a ocupação de espaço na máquina pública. "Passou a ser a política de quem paga mais. Eles ficam esperando para ver quem paga mais", insistiu o senador. Simon lembrou que a mesma situação ocorreu durante o governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB). "O PMDB fez de tudo para agradar Fernando Henrique e conseguiu ''carguinhos''. Agora faz a mesma coisa com Lula." Peemedebista histórico, o senador gaúcho foi um dos poucos integrantes da legenda a se solidarizar com as críticas do senador Jarbas Vasconcelos-PE ao partido. À revista Veja do dia 18, Jarbas disse que "boa parte do PMDB quer mesmo é corrupção" e que "a maioria de seus quadros se move por manipulação de licitações e contratações dirigidas". A entrevista de Jarbas Vasconcelos deu em nada. A direção peemedebista preferiu não responder. Mas insinuou que o senador pernambucano só a atacou porque ele é candidato à vaga de vice numa eventual candidatura de Serra. FEUDO MARANHENSE: As críticas do senador pernambucano à cúpula do PMDB não acrescentaram fatos novos em relação a tudo que se fala do PMDB - um partido fisiológico que abandonou sua história para se apegar a cargos que o ajudam a se tornar mais forte nos Estados e nos municípios a cada eleição. Mas mostraram Jarbas Vasconcelos em claro confronto com o presidente do Senado, José Sarney-AP, ao qual atribuiu a intenção de transformar a Casa num feudo da família, a exemplo do que acontece no Maranhão há 40 anos. Sarney chegou à presidência do Senado depois de derrotar o petista Tião Viana-AC, que na disputa foi apoiado por Jarbas Vasconcelos. Simon também votou no petista. O PMDB é considerado o garantidor da governabilidade de qualquer presidente, dado o seu gigantismo e o fato de ter as maiores bancadas da Câmara e do Senado. O partido tem sabido cobrar caro por isso. No governo atual, ocupa seis ministérios: Comunicações, Saúde e Minas e Energia, entregues ao Senado; Integração Nacional, Defesa e Agricultura, dados à Câmara. Somando-se ministérios e estatais, o partido comanda R$ 251 bilhões do orçamento do governo de Lula.

7 comentários:

  1. Só por ai vemos o que ocorre nos bastidores politicos do brasil.

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  2. Muita corrupção falcatrua e que se lenhe os brasileiros.

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  3. so assim é que se aprende pois o pmdb pacaba de perder muitos amigos

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  4. OS PARTIDOS POLÍTICOS BRASILEIROS SÃO QUADRILHAS QUE SE UTILIZAM DE ELEITORES MALANDROS E SEDENTOS POR CARGOS E EMPREGOS; CESTAS BÁSICAS E "ONÇAS" QUE OS CANDIDATOS PROMETEM EM CAMPANHAS ELEITORAIS, SEM QUE CUMPRAM ALGUMAS!
    TÃO ERRADOS QUANTO OS POLÍTICOS CORRUPTOS, SÃO AS PESSOAS QUE SE SUBMETEM A SEREM COMPARSAS DE UM SISTEMA DE COMPRA DE VOTOS, ONDE SOMENTE OS MAIS VIGARISTAS CONSEGUEM ÊXITOS NAS ELEIÇÕES.
    ISTO SIGNIFICA A MATERIALIZAÇÃO DO ADÁGIO "COM O INTRUJÃO, EXISTE O LADRÃO"! E ENQUANTO ISSO FALTAM ESCOLAS, POSTOS MÉDICOS, CELAS, HOSPITAIS, ESTRADAS, EMPREGOS E VERGONHA NAS CARAS DE QUEWM COMPRA VOTOS E DE QUEM VENDE VOTO!
    Carlos Santos

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  5. Na atualidade uma questão que permeia em torno de todos os patamares sociais é a corrupção. Temos os chamados corruptos nas classes sociais de menor poder, de médio poder, e, principalmente o corrupto que é o mais visado: o das classes que detém o maior poder. Este último engloba todos aqueles considerados os que teriam na realidade a capacidade de mudar radicalmente o contexto do poder aquisitivo.
    Na corrupção está presente o egoísmo, que é um dos pecados capitais. E no egoísmo não se pensa naquilo que o outro precisa, mas sim, no que pode faltar pra mim se eu servir a quem necessita. Deve-se ter consciência de que se o outro tiver e eu não, ele pode vir a me ajudar da mesmo forma como fiz.
    A cada vez que o ser humano fica mais "esperto", está acabando com a própria raça. Na realidade falta ao homem contemporâneo ingenuidade para poder acreditar em seu próximo e em sua própria capacidade de amar. Nunca vimos um animal cercar uma fruteira para que seus semelhantes não pudessem se alimentar. Devemos buscar esse exemplo. O exemplo da partilha. Assim o mundo estará amadurecendo de verdade e ampliando horizontes cada vez mais fraternos.
    Robson - Binho

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  6. Reservo-me ao direito de não me identificar. Mas gostaria muito que este meu comentário venha a ser postado. E desejo inicialmente, reconhecer neste seu blog, um espaço democrático e que realmente faz a notícia chegar aos formadores de opinião. Val Cabral tem se revelado um excelente comunicador da imprensa falada e escrita e este seu blog é o melhor da cidade. O assunto que quero abordar necessita da paciência dos leitores, pois não posso expressá-lo sem a delonga que requer suas minúcias. Mas vamos lá:
    O Brasil não é um país intrinsecamente corrupto. Não existe nos genes brasileiros nada que nos predisponha à corrupção, algo herdado, por exemplo, de desterrados portugueses. A Austrália que foi colônia penal do império britânico, não possui índices de corrupção superiores aos de outras nações, pelo contrário. Nós brasileiros não somos nem mais nem menos corruptos que os
    japoneses, que a cada par de anos têm um ministro que renuncia diante de denúncias de corrupção. Somos, sim, um país onde a corrupção, pública e privada, é detectada somente quando chega a milhões de dólares e porque um irmão, um genro, um jornalista ou alguém botou a boca no trombone, não por um processo sistemático de auditoria. As nações com menor índice de corrupção são as que têm o maior número de auditores e fiscais formados e treinados. A Dinamarca e a Holanda possuem 100 auditores por 100.000 habitantes. Nos países efetivamente auditados, a corrupção é detectada no nascedouro ou quando ainda é pequena. O Brasil, país com um dos mais elevados índices de corrupção, segundo o World Economic Forum, tem somente oito auditores por 100.000 habitantes, 12.800 auditores no total. Se quisermos os mesmos níveis de lisura da Dinamarca e da Holanda precisaremos formar e treinar 160.000 auditores. Simples. Uma das maiores universidades do Brasil possui hoje 62 professores de Economia, mas só um de auditoria. Um único professor para formar os milhares de fiscais, auditores internos, auditores externos, conselheiros de tribunais de contas, fiscais do Banco Central, fiscais da CVM e analistas de controles internos que o Brasil precisa para combater a corrupção.
    A principal função do auditor inclusive nem é a de fiscalizar depois do fato consumado, mas a de criar controles internos para que a fraude e a corrupção não possam sequer ser praticadas. Durante os anos de ditadura, quando a liberdade de imprensa e a auditoria não eram prioridade, as verbas da educação foram redirecionadas para outros cursos. Como conseqüência, aqui temos doze economistas formados para cada auditor, enquanto nos Estados Unidos existem doze auditores para cada economista formado. Para eliminar a corrupção teremos de redirecionar rapidamente as verbas de volta ao seu devido destino, para que sejamos uma nação que não precise depender de dedos duros ou genros que botam a boca no trombone, e sim de profissionais competentes com uma ética profissional elaborada.
    Países avançados colocam seus auditores num pedestal de respeitabilidade e de reconhecimento público que garante a sua honestidade. Na Inglaterra, instituíram o Chartered Accountant. Nos Estados Unidos eles têm o Certified Public Accountant. Uma mãe inglesa e americana sonha com um filho médico, advogado ou contador público. No Brasil, o contador público foi substituído pelo engenheiro.
    Bons salários e valorização social são os requisitos básicos para todo sistema funcionar, mas no Brasil estamos pagando e falando mal de nossos fiscais e auditores existentes e nem ao menos treinamos nossos futuros auditores. Nos últimos nove anos, os salários de nossos auditores públicos e fiscais têm sido congelados e seus quadros, reduzidos - uma das razões do crescimento da corrupção. Como o custo da auditoria é muito grande para ser pago pelo cidadão individualmente, essa é uma das poucas funções próprias do estado moderno. Tanto a auditoria como a fiscalização, que vai dos alimentos e segurança de aviões até os direitos do consumidor e os direitos autorais.
    O capitalismo remunera quem trabalha e ganha, mas não consegue remunerar quem impede o outro de ganhar roubando. Há quem diga que não é papel do Estado produzir petróleo, mas ninguém discute que é sua função fiscalizar e punir quem mistura água ao álcool. Não serão intervenções cirúrgicas (leia-se CPIs), nem remédios potentes (leia-se códigos de ética), que irão resolver o problema da corrupção no Brasil. Precisamos da vigilância de um poderoso sistema imunológico que combata a infecção no nascedouro, como acontece nos países considerados honestos e auditados. Portanto, o Brasil não é um país corrupto. É apenas um país que não prestigia e nem cria mecanismos sérios de impedir a corrupção.

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  7. Você já reparou como é a estética da corrupção? Adoro a semiologia dos casos cabeludos sob suspeita, adoro a reação dos implicados, adoro o vocabulário das defesas, das dissimulações, as carinhas franzidas dos acusados na TV, ostentando dignidade, adoro ver ladrões de olhos em brasa, dedos espetados, uivos de falsas virtudes e, mais que tudo, lágrimas de crocodilo.
    Todos alegam que são sérios, donos de empresas "impecáveis". Vai-se olhar as empresas, e nunca nada rola normal, como numa padaria. As empresas sempre são "em sanfona", uma dentro da outra, "en abîme", sempre têm "holdings", subsidiárias, são firmas sem dono, sem dinheiro, sem obras, todas vagando num labirinto jurídico e contábil que leva a um precioso caos proposital, pois o emaranhado de ladrões dificulta apurações.
    Também gosto muito do vocabulário dos velhacos e tartufos. É interessante ver a ciranda das caras indignadas na TV, as juras de honestidade, é delicioso ouvir as interjeições e adjetivos raros : "ilibado", "estarrecido", "despautério", "infâmias", "aleivosias".
    São palavras que ficam dormindo em estado de dicionário e só despertam na hora de negar as roubalheiras.
    Outra coisa comum nos canalhas é a falta de memória. Ninguém se lembra de nada nunca: "Como? D. Sirleide, aquela mulher ali, loura de minissaia? Não me lembro se foi minha secretária ou não."
    E o aparente descaso com o dinheiro? Na vida real, eles cheiram a grana como perdigueiros e, no entanto, se justificam: "Ihhh... como será que apareceu um milhão de reais na minha gaveta? Nem reparei. Ahhh... essa minha memória!..."
    Adoro também ver as fotos das placas da Sudam. Sempre aparece um terreno baldio com a placa da Sudam e o nome pomposo da empresa fantasma, onde, às vezes, ao longe, um burro pensativo pasta...
    Detesto ver o balé jurídico da impunidade. Assim que se pega o gatuno, ali, na boca da cumbuca, ali, na hora da "mão grande", surgem logo os advogados, com ternos brilhantes, sisudos semblantes, liminares nas pastas.
    Éssa é a paisagem deplorável de nossa vida brasileira, exemplos de sordidez descarada, que tanto nos ensinam sobre o nosso Brasil.
    A imagem da endêmica sem-vergonhice nacional.
    José Noschang

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