RÉU CONDENADO POR CHACINA - Acabou agora o julgamento de Anderson Rios Lima, o “Alex Mascate” (foto), acusado de ter matado três pessoas e baleado mais uma, em março de 2007, em Itabuna. Ele foi condenado a 36 anos de prisão em regime fechado. “Alex Mascate” foi condenado sob acusação de matar três pessoas e ferir uma, no bairro Califórnia, em Itabuna, no dia 2 de março de 2007. Anderson Rios Lima, o “Alex Mascate”, de 26 anos, foi julgado e condenado nesta sexta-feira, 20. O juiz Marcos Bandeira presidiu o julgamento, que foi realizado no Fórum Rui Barbosa. “Alex Mascate” confessou, em depoimento à polícia, ter assassinado, numa manhã de sexta-feira, a aposentada Maria Margarida da Silva, de 71 anos, Idália Alves Reis, de 63 anos, e Wilton Lopes Ferreira, de 39 anos. Além disso, baleou um garoto de 11 anos, na barriga, na tentativa de matar a mãe do menino, pivô da sede de uma suposta vingança. A mulher, identificada como “Mudinha” na época, foi detida, porém, liberada da prisão. Ela admitiu ter derramado óleo quente no corpo do assassino, por motivos de banais. FORAGIDO: O acusado chegou a ficar foragido da justiça Jtabunense por mais de um ano, sendo preso no início de 2008, após tentar arrombar uma panificadora no município e João Molevarde, interior de Minas Gerais. Na ocasião, “Mascate” deu o nome errado, se identificando como Sandro Lima. No entanto, depois que a polícia de Minas verificou a ficha do indivíduo, constatou um mandado de prisão preventiva, sob acusação de triplo homicídio praticado em Itabuna. Desde então, o homem espera pela decisão judicial no presídio da cidade. CONSEQÜÊNCIAS DA CHACINA: Loucura, depressão, falta de moradia e dinheiro são algumas das conseqüências herdadas pela família da aposentada Maria Margarida, uma das vítimas de “Alex Mascate”. De acordo com uma das filhas da anciã, Vancleide Silva de Jesus, de 28 anos, mãe de dois filhos e hoje morando de favor na casa da sogra, nada voltou à normalidade depois que perdeu a mãe. “Eu sou revoltada, porque minha mãe era uma pessoa pobre e não tinha nada a ver com a história. Ele que matasse a pessoa que ele queria matar (Mudinha)”, desabafa. Vancleide de Jesus, em entrevista ao Diário Bahia, se emociona ao lembrar da falta que Maria Margarida faz para toda a família. “Ela cuidava dos meus filhos para eu poder trabalhar, hoje eu não posso porque morro de medo de tudo. Vivo assombrada e de portas fechadas”, explica. A entrevistada revela que seus dias após o crime são de puro sofrimento. “Tem dia que eu entro em desespero. Somente quem mora perto e amigos para saber. Tem dia que penso em correr doida pela rua. Não tive mais sossego na minha vida”, confessa. “As dores não são minhas, tem meu filho de 13 anos, que quase sempre lembra da avó. Minha família é humilde, mas minha mãe cuidava muito da gente e dos netos”, completa. LOUCURA: Segundo Vancleide, a irmã dela, Vilian Silva Cardoso, de 35 anos, atualmente morando em em São Paulo, quando soube do assassinato, perdeu a sanidade mental. “Hoje minha irmã ficou doida, não fala coisa com coisa e apresenta um câncer na garganta”, lamenta. Apesar do distúrbio mental, a mulher tem que cuidar de quatro filhos menores, não tem como se sustentar e pode ser despejada a qualquer momento da casa onde reside. “A dona da casa deu mais um mês para ela entregar, caso contrário, será despejada”, informa. Vancleide de Jesus diz, também, que a vontade é de trazer a irmã para Itabuna. Porém, não tem condições. “Eu quero cuidar da minha irmã que tá sofrendo lá, mas eu também não tenho onde morar. Vai cuidar dela onde?”, justifica. RECORDAÇÕES: A mulher recorda dos momentos do crime como se fosse hoje. Lembra que a mãe dormia num quarto simples, sem conforto e foi executada com tiro na cabeça. “Tem dia que não consigo dormir dentro de casa, fico desesperada”, conta. “Minha mãe era minha amiga, meu tudo, e eu perdi para este desgraçado”, dispara, entre lágrimas. O CRIME: “Alex Mascate”, com sede de vingança contra “Mudinha”, por ela ter jogado óleo quente em seu corpo, acordou determinado a matá-la naquele dia 2 de março, em 2007. O homem, armado com uma espingarda calibre 32, se deslocou até uma pequena avenida, na Rua Santa Maria, no bairro Califórnia. Local que, segundo moradores, era o ponto de encontro para uso de maconha pelo assassino e a pivô da tragédia. “Ele chegou a empenhar mercadoria dele para comprar maconha e fumar com ela”, recorda Vancleide. À procura de Mudinha, “Alex Mascate” não percebeu que o seu alvo não estava naquele quarto de avenida. “Cadê ela? Cadê ela? Se não falar, vai morrer”, bradava ele, coagindo os moradores. Segundo testemunhas, no dia da chacina, como nenhuma das vítimas tinha conhecimento de onde estava “Mudinha”, ele começou a atirar. A primeira pessoa morta pelo “Alex Mascate” foi Maria Margarida. Ele atirou com uma espingarda, alvejando a cabeça da aposentada, que no momento estava deitada. Na sequência, ele encontrou Uilton Santos, ainda dormindo, no quarto ao lado, e atirou, matando-o na hora. Frio e determinado a encontrar o alvo, subiu mais um degrau de barranco da avenida e matou Idália Alves, de 63 anos. Mas não era suficiente para o assassino. Na mesma rua, passou por algumas casas ladeira acima e chegou à resdidência da “Mudinha”. “Ele bateu na porta, perguntou pela Mudinha e, ao saber que ela não estava, ele atirou contra o filho dela, de 11 anos, acertando o tiro na barriga”, revelava um parente, na época, ao Diário do Sul. Vancleide de Jesus acredita na Justiça, entretanto, afirma que cadeia para o assassino é pouco. “Nada vai trazer a paz da minha família de volta”, afirma. - Por Oziel Aragão: oziel33aragao@hotmail.com
Parabéns para Val Cabral e o melhor repórter de polícial da atualidade Oziel Aragão.
ResponderExcluirA matéria tem querencia e senssibilidade.
A condenação do MAscate foi pouca para o que ele cometeu.
Mas também foi das piores, pegou pena maxima.
Pena que ele não fica nem 10 para pagar pelas vidas que ele tirou de maneira premeditada.
Parabéns ao blog.
muito boa a decisão do juiz marcos bandeira mas a condenação devria ser a pena de morte.
ResponderExcluirO tempo deu a resposta à ele, graças a deus a justiça de deus ainda será cumprida.
ResponderExcluirO tempo deu a resposta à ele, graças a deus a justiça de deus ainda será cumprida.
ResponderExcluirEspero que na gaiola que ele ficar ele reflita e veja seus fiots errados.
ResponderExcluirgostaria que ele fosse condenado a morte. Essas leis daqui doi brasil e uma droga mesmo.
ResponderExcluirParabéns a justiça. Boa matéria Val.
ResponderExcluirMONSTRO,
ResponderExcluirCOVARDE,
ASSASSINO FRIO,
BESTA SELVAGEM,
DIABÓLICO...
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