Prefeitura Itabuna

Câmara

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26 de março de 2009

POR QUE SOMOS TÃO MAL EDUCADOS? - Vagas de idosos ou deficientes ocupadas por quem não o é. Estacionamento proibido cheio de carros, que ignoram a proibição. Carros estacionados em fila dupla, impedindo o trânsito como se isso fosse a coisa mais normal do mundo. Flanelinhas que se tornam donos das ruas e cobram pedágio de um espaço que é público e pelo qual pagamos, através dos nossos impostos. Motoristas que furam o sinal - farol - e nem ligam. Gente que finge que não vê a fila e entra na frente, desrespeitando quem já está esperando. Celulares ligados onde deviam estar desligados. Pessoas que conversam em ambientes em que deveriam ficar em silêncio. Gente que pára sobre a faixa de pedrestres e acha isso normal. Profissionais que prometem fazer um serviço e não o fazem. Reuniões que são marcadas para um horário mas nunca começam na hora combinada. Carros estacionados em locais proibidos, sobre a calçada ou em áreas destinadas à movimentação de cargas. Pedestres que invadem as pistas, colocando sua vida em ameaça e a dos próprios motoristas. Gente que come em restaurantes de quilo antes de pagar. Pessoas que comem nos supermercados e descartam a embalagem, sem pagar o que consumiram. Quem é que não presenciou uma ou mais cenas destas? Acho que todos nós, todos os dias, estamos nos deparando com mais e mais má educação. Parece que as regras sociais não mais se aplicam, que os regulamentos não precisam ser cumpridos, que não há mais uma ética a ser seguida. Parece, enfim, no reino absoluto da má educação. Sou considerado zen pela maioria dos meus amigos, mas essas atitudes têm me irritado, e muito. Talvez eu tenha sido criado de forma diferente e tenha internalizado que alguns comportamentos a gente não adota. E sobretudo, que não toma nenhuma atitude que prejudique os outros e que não gostaríamos que tomassem em relação a nós. Sim, estou irritado. E isso me irrita. Me estressa. O pior de tudo é que não vejo condições para mudança. Sei por experiência própria que essas atitudes estão se tornando mais e mais corriqueiras, encaradas, muitas vezes, como se fossem coisas normais. Não são. Mas quem se importa? E, confesso, o não se importar, também me irrita. Não posso dizer que não cometo erros, não faço ações que irritem os outros. Mas conscientemente procuro evitá-las. Algumas coisas, no entanto, decididamente não faço. E se adoto esta atitude o faço com cunho egoísta, pois penso mais em mim que nos outros. Mas parto do princípio que não faço aos outros o que não quero para mim. E isso me dá a justificativa para ficar na contra-mão, procurando ser correto e me irritando quando vejo gente que não o é.

2 comentários:

  1. Culpa de pessoas como vc.que ocupa o microfone de uma rádio para atacar,distorce os fatos ao invez de passar informações de cunho educativo,sua vida no radio e neste blog e só fazer fofocas e picunhinhas.Use melhor o seu poder de comunicação´para levar um mensagem educativa para seus ouvintes e leitores,só assim teremos um sociedade mais justa e fraterna.

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  2. Falar e pensar sobre a educação significa reconhecê-la como um processo amplo que sugere troca de informação, observação, percepção, atividade, desenvolvimento de valores e amor. A busca de informações leva ao despertar dos limites, propiciando o surgimento de um amplo horizonte a ser desvendado, onde o ser humano vê-se capaz de posicionar-se perante a vida. No processo educativo, as atividades direcionadas, de maneira a despertar no cérebro algumas alternativas viáveis a problemas e críticas, permitem desenvolver valores desconhecidos que nos habitam desde a criação e que são resultado de todas as observações adquiridas ao longo da caminhada, na busca diária de respostas e soluções. A educação é também um ato de amor e, amar é descobrir aprendendo. Aprender é reforçar os valores humanos e criar. Compreender todo este processo é educar-se para buscar respostas e soluções a fim de conseguir legitimar a concretização da educação de todos os seres que estão em constante transformação. Transformar-se é a chave para entender a educação e aquisição de conhecimento. O educador deve buscar esclarecimentos para adentrar no limiar da razão e da lógica, seguindo em frente e transformando as falhas e vacilações em uma aula proveitosa de aprendizado universal. Globalizar mentes e elevar conceitos, expandindo os aspectos filosóficos, científicos e pedagógicos impregnados no ser, a fim de entender a grandiosidade existente na criatura, como filho do Criador. Assim feito, será possível realizar a concretização das buscas deste ser humano completo, apropriando-se das forças espirituais que transcendem a compreensão do estágio atual ao qual se pertence, permitindo desenvolver a integralidade educacional do ser, na busca de sua auto-superação de cada dia. No processo de educação faz-se necessário assimilar e captar a magnitude da criatura que traz em sua constituição a capacidade impar de transformar as informações em conhecimento. Nessa circunstância apropria-se de sua condição de ser que conduz e é conduzido perante suas ações no cotidiano da vida. Educar é, pois, aprender a utilizar esse poder energético inato e desenvolver as capacidades elementares da vontade, do querer e da conquista mental construtiva. O caminho é descobrir na construção da educação as infinitas possibilidades de se educar através do amor. Educa quem consegue conciliar, internalizando e vivenciando, os quatro pilares propostos pela Unesco, para a educação do século XXI: aprender a pensar, a fazer, a ser e a conviver – propostas essas que só se legitimam através do amor.
    Paulo do Pintalzinho
    paupont@bol.com.br

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