PREF ITABUNA

Natal Itabuna

Natal Itabuna

Trief

Trief

6 de março de 2009

PERÍCIA RECONSTITUI ACIDENTE QUE MATOU ESTUDANTES NA BR 415 - Peritos de Salvador, acompanhados de um delegado designado pela Secretaria de Segurança Pública (SSP), farão, a partir das 18 horas desta sexta-feira(6), a reconstituição do acidente que matou quatro estudantes universitárias itabunenses, na BR 415. A colisão frontal entre um Fiesta vermelho, placa JOK 7608, e um ônibus ocorreu na noite de 5 de janeiro de 2008, próximo à Churrascaria Los Pampas. A reconstituição atende a uma representação feita pelos familiares das vítimas, junto ao Ministério Público e à SSP. Eles contestam o laudo feito pela perícia técnica de Itabuna, segundo o qual a batida ocorreu porque o veículo que conduzia as vítimas invadiu bruscamente a pista contrária e o ônibus não teve tempo para desviar. “Esperamos que o laudo seja refeito, pois não acreditamos no laudo que foi divulgado. Temos convicção de que o ônibus invadiu a pista das meninas e não o contrário, como foi dito”, afirma Marcos Alpoim, irmão de Larissa Prates Alpoim Andrade, de 24 anos, uma das vítimas do acidente. AULA DA SAUDADE: No Fiesta estavam, além de Larissa (aluna de Educação Física), as estudantes de administração Pryscilla Gama Antunes, de 24 anos, que dirigia o automóvel, Tatiana Berbert Pitanga Franco, de 24 anos, e Elis Mayana Santos Santana, de 22 anos. As três últimas se formariam no dia 12 daquele mês e voltavam, junto com a amiga, de uma aula da saudade, realizada num sítio à beira da BR 415. Com a batida, Pryscilla e Tatiana morreram na hora. Já Larissa e Tatiana, foram hospitalizadas, mas não resistiram aos ferimentos. IMAGEM ARRANHADA: Marcos Alpoim informa que as famílias ficaram inconformadas com o laudo emitido pela Polícia Técnica de Itabuna e consideram que o contexto divulgado em torno do acidente arranhou a imagem das estudantes. “Na época, ficou parecendo, pelo que foi noticiado, que as meninas eram um bando de irresponsáveis e vinham embriagadas e em alta velocidade e, por isso, eram as responsáveis pelo acidente. Queremos provar o contrário: que a motorista não estava bebendo e que em momento algum deu causa ao acidente”, argumenta Alpoim. Ele critica, também, a postura dos peritos ao longo do trabalho. “Na época, o perito fez o maior estardalhaço, indo à televisão, rádio, divulgar o laudo, antes de nós, principais interessados, termos acesso”, pontua. Questionado sobre o quê exatamente as famílias esperam, caso se comprove que o primeiro laudo estava errado, o irmão de Larissa é taxativo: Esperamos provar a verdade e mostrar à sociedade quem realmente foi culpado no acidente que tirou a vida de quatro jovens que tinham uma vida enorme pela frente”. Quando indagamos se as famílias pleiteiam uma indenização, se for verificada a responsabilidade da empresa de ônibus no acidente, Marcos Alpoim responde, veemente: “Ainda não pensamos em nada a respeito. No momento, queremos a verdade! E para conquistá-la faremos tudo o que for preciso, e nada nem ninguém irá nos acovardar nessa batalha!”. Os familiares irão acompanhar a reconstituição. A REPRESENTAÇÃO: Ainda segundo Marcos Alpoim, um dos motivos que levaram a uma medida judicial por parte das famílias é que a empresa de ônibus entrou, no dia 23 de janeiro de 2008, com ação pedindo reparação de danos morais, materiais e lucro cessante. Isso contra o espolio de Pryscilla Gama Antunes (motorista do Fiesta), ou seus sucessores, Carlos Alberto e Maria José da Gama. “Por conta dessa ação, a família se viu na obrigação de responder, até se constatar a necessidade da representação. Não foi respeitado sequer o luto de uma mãe que perdeu uma filha de maneira tão dolorosa”, comenta Alpoim. Por Oziel Aragão - oziel33aragao@hotmail.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comente no blog do Val Cabral.

Publicidade: