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COLOQUEM OS ÓCULOS, SENHORAS E SENHORES: ENXERGUEM! - Estamos vivendo um momento crucial na História de Itabuna. Momento difícil de ser compreendido, principalmente se observado por análises dos fatos de maneira isolada. Mas, quando digo “isolada”, isso não significa que quem for capaz de identificar os vários fatores e agentes envolvidos em determinados fatos não os esteja analisando também de maneira isolada. Na verdade, entender um fato em sua plenitude, principalmente nos dias de hoje, significa ser capaz de identificar e de compreender a conexão entre os vários acontecimentos, aparentemente desconexos, que estão envolvidos naquele fato. A crise da epidemia da dengue em Itabuna, que a nós itabunenses e a todos os nossos vizinhos particularmente aflige, é desses fatos preocupantes que precisam ser muito bem analisados, cuidadosamente analisados, para que não se descambe para análises completamente distorcidas da realidade e totalmente desligadas das verdadeiras razões – o que acaba colaborando para o sucesso dos que se utilizam da dor alheia, para se locupletar política e eleitoralmente. Há quem acredite que a questão da insegurança pública, é muito mais inquietante. Outros crêem que o sucateamento da educação mereça maior rigor na busca de soluções e existem muitos que insistem que todos os problemas serão resolvidos quando acabarem com a corrupção e a inabilidade na aplicação dos recursos governamentais. Particularmente, prefiro me ater ao desassossego provocado pelo Aede Aegypti nos tempos atuais. Pela vulnerabilidade. Pela iminência de uma infecção que já se abateu sobre mais de 4 mil itabunenses. E pelo flagelo de 17 mortes notificadas. O mais tem mais tempo para priorizar! O contratempo da dengue requer que foquemos nosso tempo para a guerra contra o mosquito da dor, do sofrimento e das mortes. Só não enxerga isso quem não tem consciência da forma aleatória com que o Aede Aegypti escolhe suas vítimas e quem equivocadamente acredita que dengue só acontece na vida dos outros! Na minha prioridade de preocupação com a dengue, não cabe espaço para descuido de problemas de segurança pública, sucateamento da educação. Desemprego, fome, prostituição infant-juvenil... mas o tempo atual, repito, requer que priorizemos o Aede Aegypti como nosso inimigo mais imediato e a quem devemos combater com dedicação e vigilância redobradas.