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CADA VEREADOR DE ITABUNA CUSTA MAIS QUE 4 MÉDICOS - É revoltante, mas é verdade: em Itabuna, cada um dos treze vereadores custa mais à população do que quatro médicos do elevadíssimo nível do renomado urologista Júlio Brito, por exemplo. O custo de cada parlamentar é de R$ 6.235,2 por mês, se considerando apenas seus subsídios. Sabe “quanto custa” o médico Júlio Brito para tratar de pacientes com Doenças Sexualmente Transmissíveis, HIV e Aids? R$ 1.398. Este valor cresce, vertiginosamente se for anexado o que significa o duodécimo rateado entre nossos nobres edis e se transforma numa odisséia à esculhambação a que se submete o que é arrecadado de impostos, pagos por trabalhadores que são obrigados a labutarem entre 6 a 8 horas diárias e muitas vezes de segunda-feira à sábado; e em casos mais extremos, de domingo á domingo! Neste caso a diferença é vergonhosa. É como um Flamengo perdendo de 80 a zero do Vasco, ou vice-versa, pois as cifras somam mais de 48 mil reais a favor de cada um dos vereadores, se comparados aos pouco mais de 1 mil e trezentos reais de salário do médico. Mas o pior não é o custo em si, mas o que eles fazem por nós em relação ao que ganham. Isso é o que revolta! Mais de 90% do que o Legislativo de Itabuna faz, não tem impacto sobre o cidadão. Dos projetos apresentados em 2008, a maioria não foi aprovada. Desse conjunto, apenas alguns pouquíssimos se referiam a assuntos com impacto concreto sobre a vida e a administração da cidade. Boa parte dos projetos são de nomeação de logradouros, definição de datas comemorativas e outras irrelevâncias. Em contraste, o Executivo quase sempre submete à Câmara de vereadores, projetos com quase total aprovação. Para finalizar, um dos projetos aprovados aqui em Itabuna, antes do recesso (que nem deveria existir) foi o de conceder ao Pedro Gago, o título de “Cidadão Itabunense”. Preciso dizer mais alguma coisa?