Val Cabral

CÂMARA DE VEREADORES: INSTITUIÇÃO INÚTIL OU MAL REPRESENTADA - Tenho ouvido comentários, negativos, sobre o baixo nível mental da Câmara Municipal de Itabuna, e mais do que isso, com mínima exceção, principalmente, do nome do vereador Roberto de Souza, notável pela competência, sob todos os aspectos. Em verdade, uma cidade da importância de Itabuna, a todos os respeitos, bem que merece um legislativo que lhe corresponda ao prestígio de polo de desenvolvimento econômico. Mas, se isto vale como consolo, se bem que não justifique, trata-se, sem dúvida nenhuma, de um mal nacional. Com efeito, a vereança virou pagode ou, se quiserem, apenas emprego de tentadora remuneração, a que aspira qualquer forra-gaita, o que vem a significar, digamos logo a palavra de uma vez, a degradação do cargo, talvez menos pela incapacidade intelectual necessária. Pondo a coisa em termos de Bahia, a vereança de Itabuna em nada fica a dever à de Ilhéus, pelo menos quanto à legislatura presente, em que se salva, lá, por exemplo, um Alisson Mendonça. Talvez outros nomes, que não conheço. Aí não sei. Mas se pode dizer, sem risco de contradita, que não é lá para que se diga conveniente. Quer ver? Ilhéus não se envergonhou de eleger vereador candidato sem outro mérito que não seja a grotesca habilidade no deboche vulgar, o que vale dizer, de todo despreparado para as funções da vereança. Itabuna, pelo menos, não derrapou nesse terreno escorregadio de opções equivocadas, haja vista que rejeitou candidaturas parecidas, mas no sentido honesto da palavra. Como ficou dito atrás, o mal da vereança como biombo, e apenas, de bom emprego é caracteristicamente nacional. Nada de exclusividade de Itabuna. E sabe-se para que servem semelhantes vereadores: negociar cargos de administração municipal com o prefeito, entre outros ilícitos, o que não deixa de ser compra de voto funcional, a que faz vista grossa a sabedoria da lei. Em suma, o povo não empresta importância à edilidade. Paulo Caminha/ Blog paulocaminha.blospot.com