FEDERALIZAÇÕES PODEM MUDAR CENÁRIO POLÍTICO E ELEITORAL NA BAHIA

Articulações e federalizações estão mudando prognósticos para as próximas eleições e o que se vê hoje, poderá não ser o que se verá nas convenções partidárias de 2026!

    As próximas eleições na Bahia, estão com perspectivas complexas de serem compreendidas sob analise do que acontece no atual cenário envolvendo partidos aliados e adversários do governador Jerônimo Rodrigues (PT), que deverá tentar ser reeleito, numa provável disputa polarizada com o ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (União Brasil-UB).

    O despautério começa com a suposta coligação, que poderá ter o presidenciável Tarciso de Freitas, do Republicanos, com Gilberto Kassab do PSD como seu vice. Caso essa articulação se concretize, pelo menos no primeiro turno das eleições, ACM Neto perderá o apoio do partido da Igreja Universal e do bispo Márcio Marinho e o petista Jerônimo não poderá contar com coligação, tendo o PSD do senador Otto Alencar em seu palanque.

    Considerando o fato do partido União Brasil está com possível candidatura própria do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (UB), ao cargo de presidente da república e federalizado com o partido Progressista, a perda do Republicanos e sua estrutura religiosa e aparato de comunicação, serão recompensadas com o PP parar com a pretensão de integrar a coligação do PT na Bahia, que também perderá o Podemos, que estará federalizado ao PSDB da base do prefeito Bruno Reis (UB).

    A perda para os petistas deverá ser ampliada, com o MDB e o Republicanos avançando nas negociações para formar uma federação partidária, o que uniria as duas siglas em uma atuação conjunta no Congresso Nacional pelos próximos quatro anos. PSB, PDT e Solidariedade estão em negociações avançadas para formar uma federação partidária com foco nas eleições gerais de 2026. Neste caso não haverá perdas e nem ganhos para o PT, pois os três já integram a base governista na Bahia.

    MDB, UB, PSDB, Podemos, Republicanos, PP e PL num mesmo palanque de oposição ao petismo na Bahia, deverão equilibrar as forças nos quesitos tempo de rádio e televisão, distribuição do Fundo de Financiamento de Campanha e militância política. Portanto, as apostas apontam perspectivas de disputa apertada para quem não quer sair do governo, contra quem pretende o conquistar!