Os músicos que cantam louvores a Deus, sobrevivem e mantém sua carreira, seu padrão de vida e de sua família, através da música. Ninguém pode ser insensível a isso, como também os músicos não podem ser insensíveis à realidade e à essência da evangelização. Evangelizar não pode ser confundido com mercantilizar. As mensagens de Deus não pode ser usadas para ganhar dinheiro e enriquecer. A música gospel deve ser usada para o desenvolvimento espiritual do povo de Deus.
No geral os músicos não gostam da palavra "cachê". Preferem substituí-la por "oferta" ou "contribuição" ao ministério do artista, ou ministro, ou adorador. Os fins são os mesmos, embora os meios tem algumas pequenas diferenças. Particularmente não vejo problema em utilizar a palavra cachê, pois muitas vezes a "oferta" ou "contribuição" paga ou cobrada é maior do que o cachê.
Para que o artista gospel não cometa injustiças, é preciso adotar alguns critérios com relação ao cachê. Em primeiro lugar, o artista convertido nunca deveria cobrar para dar testemunho e cantar em reuniões, dentro das instalações da igreja, ou praças públicas. Poderia no máximo vender seus CDs. Obviamente, quem o convida, deve arcar com estadia e alimentação. Entretanto por uma questão de compaixão e humildade, o artista deve aceitar a estadia e alimentação possível ao orçamento do seu anfitrião.
Se o artista vai se apresentar em casas de shows, deve cobrar cachê, todavia deve sempre adotar preços mais justos, ou seja, mais em conta para quem está organizando ou indo aos shows. O artista deve evitar, a ganância e a avareza, mesmo que seja só de aparência.
Cobrar cachê de 150, 250 a 500 mil reais de uma prefeitura, para realizar show gospel, numa cidade repleta de desempregados, desabrigados e famintos, no mínimo, é um absurdo que contrapõe o fato de Jesus Cristo nunca ter cobrado uma só moeda para fazer cego enxergar, manco andar e mortos voltarem a ter vida!
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comente no blog do Val Cabral.