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Natal Itabuna

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Trief

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13 de abril de 2014

SÓ O GOVERNO PODE PERDER EM 2014



Oposições não ganham eleições; governos perdem. Perdem a maioria que os elegeu, para começar, mas não só. Arriscam perder reputação, confiança, carisma e adesão subjetiva. O poder do governo em exercício é sempre enorme, em princípio. Compreende-se: enquanto o governo mostra o que faz, quanto faz, onde e para quem fez, as oposições, em geral, limitam-se a reclamar do que não tenha sido feito e a oferecer promessas. O oficialismo, nem que por inércia, é notícia diária, propaganda em sentido extenso, espécie de prestação de contas homeopática. À oposição resta o malabarismo de seus blogs,programas de rádio, jornais e demais órgãos de divulgação para transformar o feito em mal feito e deflagrar o disse e contraidsse: o jornal inventa a notícia, a televisão repercute, os parlamentares discutem e o jornal divulga e comenta. Aí a televisão repercute e repete-se o ciclo, como clara de ovo batida, crescendo. Se não há uma rede igualmente poderosa de divulgação capacitada a contrapor um ciclo alternativo, o estardalho oposicionista equivale a poderosa ferramenta propagandística subliminar e, por ironia, com a ajuda dos parlamentares governistas. Maquiavélico, mas surte efeitos. Há um limite impossível de identificar quantitativamente para a paciência do eleitorado em relação aos mal feitos de um governo. Nem ttudo oque fala o formador de opinião oposicionista é eficaz, mas o antídoto não está na verdade que o governo se disponha a restabelecer. Um boato faz estragos mesmo quando é denunciado. São mecanismos de psicologia coletiva e individual ainda por serem explicados, mas é possível que, mesmo informadas de que tal ou qual acusação não tem fundamento, as pessoas tenham suas convicções abaladas por suspeitas. O que era impoluto fica exposto à vigilância já comprometida, qualquer deslize e o estrago será desproporcional. Uma forma de compensar a vantagem do governo, seus supostos equívocos, mesmo se esclarecidos, dão lugar a consequências magníficas. O sumiço de equipamentos médicos de hospital público; acusação de assedio sexual de autoridades na educação enão cumprimento de promessas de campanha, são razões de estrondo para as oposições e obstáculos gigantescos para explicações oficiais. Reputação e carisma resultam de intrincado processo de construção que envolve, fundamentalmente, coerência. Um prefeito respeitado está vitalmente associado à previsão do que será capaz de fazer e do que em hipótese alguma virá a fazer. De um prefeito evangélico, honesto, ético e sério, jamais sairiam decisões equivocadas, cumpricidade malediscente e vacilo, por exemplo. Mas não há coerência dessas virtudes, com conduta de omissão e morosidade nas decisões óbvias. Quanto mais sólidos a reputação e o carisma, menor a capacidade destrutiva de ações e boatos oposicionistas. Quanto mais coerente o prefeito, mais sólida sua reputação e carisma. Em cada eleição o que está crucialmente em jogo é este caráter de promissória universal assinada por um político, cuja aceitação na praça depende de sua reputação e carisma, ou seja, de sua coerência. É esta riqueza intangível do prefeito que as oposições buscam sacudir, intimidando, primeiro, os eleitores por assim dizer evangélicos, aliados do alcaide. Depois, buscando reduzir à paralisia, à inação, os apoiadores históricos do governo. Em certos contextos, cada voto nulo ou em branco é um voto na oposição, uma recusa à promissória oficial. Não há, no momento atual, dúvida bem fundada sobre o desempenho do governo. Declarações negativas em pesquisas são conjunturais, fruto, em parte, da operação do poder de formação de opinião oposicionista sem contestação eficiente. Mas há indiscutivelmente debates quanto às versões. No ambiente lusco-fusco das versões a imagem do governo aparece imprecisa e hesitante. É aí que se disputam reputação e carisma, crença na força preditiva do prefeito, convicção que antecede o comportamento. Por ora as oposições não se apresentam encorpadas o tanto quanto requerido por uma indiscutível vitória nas urnas em 2014. Quase não hácandiatos das opsições na cidade. Já quanto à disposição do governo para perder… Este parece sofrer de um soluço a cada dia.

Um comentário:

  1. Val Cabral13 abril, 2014

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