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17 de março de 2014

CACAU: PARÁ PODE ULTRAPASSAR A BAHIA, SE GOVERNO NÃO AGIR

Nos anos 1970 e 80,  a Bahia reinou absoluta no ranking nacional da produção de cacau, com cerca de  90% da produção do país. Com a vassoura-de-bruxa, outras unidades da federação aumentam o cultivo, a exemplo do Pará, cuja produção vem crescendo vertiginosamente, já se aproximando dos 30% da produção nacional. Em 5 ou 10 anos, se nada for feito e continuar esse lero-lero de promessas ainda não plenamente cumpridas pela União, a Bahia poderá ver a produção paraense no “retrovisor”. Agora, o Ceará também começa a introduzir a lavoura, por enquanto em pequenas áreas, mas com resultados promissores. Segundo o último número da revista GloboRural,  após o  quarto ano  de  instalado, o cultivo  alcança produtividades  entre 150 e 180  arrobas por hectare, ante menos de 30 arrobas verificados na Bahia. No decorrer dos últimos 25 anos, autoridades de sucessivos governos da esfera federal prometeram muito, mas até agora falta equacionar um universo crescente de necessidades da lavoura cacaueira na Bahia, a começar pela resolução  da questão das garantias, para que  boa parte dos produtores possam acessar novos financiamentos  e renovar os cacauais, com os clones mais tolerantes à doença já referida. Mas, é só isso que está faltando? Que nada. Vejamos uma lista parcial. No âmbito da alçada federal, falta, além da demanda acima citada: 1. Deflagrar o pagamento por serviços ambientais prestados ; 2. Atualizar periodicamente os preços mínimos para fazer face aos custos de produção; 3. Subsidiar integralmente a alíquota do seguro para o produtor. Não esse “segurinho” aí em vigor, mas o seguro de “renda e de preço”; 4. Fortalecer e dar musculatura ao orçamento da CEPLAC, inclusive com nova personalidade jurídica; 5. Reestruturar o sistema de defesa sanitária nos portos, aeroportos e fronteiras e incluir o cacau no programa “Melhoramento Preventivo “ da EMBRAPA, mediante convênio com a CEPLAC. No âmbito da alçada do governo estadual, falta, entre outras providências: 1. Apoiar decisivamente o selo de Indicação Geográfica e o processo da construção da marca do produto baiano, assessorando os produtores na formulação e tramitação do pedido, e pressionando legitimamente o INPI para sua célere concessão; 2. Financiar a implantação de lojas de vendas em vários aeroportos e pontos turísticos; e de pequenas fábricas de chocolate com altos teores; 3. Acionar as  compras governamentais visando   o produto  de qualidade para servir em repartições públicas baianas, como opção adicional ao tradicional cafezinho, tentando induzir a produção para aprimorar incessantemente a qualidade (a CEPLAC  fazia isso habitualmente ou ainda faz); 3. Tentar atrair  as marcas já consolidadas para produzir e adquirir  a nossa produção; 4. Difundir e servir chocolate com mais frequência nos voos das companhias aéreas que chegam ou partem de Salvador e Ilhéus para outros destinos, nacionais e internacionais. Juan Valdez, na Colômbia, usou muito este canal para o café; 5. Participar ativamente, com apoio de órgãos de promoção e de comércio exterior do Estado, de feiras e outros eventos internacionais, visando divulgar sistematicamente o produto.  Como se observa, a lista parcial é grande. (José Maciel dos Santos Filho - jose.macielsantos@hotmail.com).

Um comentário:

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