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Natal Itabuna

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Trief

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21 de janeiro de 2014

A HIPOCRISIA DE SER CONTRA PENA DE MORTE E A FAVOR DE BANDIDO MORTO



As decapitações em Pedrinhas provavelmente não causarão maior comoção em parcela importante da população brasileira: as 60 mortes em 12 meses ocorreram em criminosos, e como a violência ameaça todos, quanto menos bandido, melhor. Embora rejeite explicitamente a pena de morte, aceita que prisão é um depósito para mercadoria ruim, que pode estragar até apodrecer e se extinguir. As penitenciárias brasileiras fizeram Eduardo Cardozo, ministro da Justiça, deixar escapar que preferia morrer a cumprir pena no Brasil. Desconte-se que sua excelência estava angustiado com a prisão dos seus correligionários no caso mensalão. Mas, no geral, o doutor tem razão, os presídios nacionais não servem para cumprir sua principal missão: recuperar o criminoso. Há quatro anos tramita na Câmara Federal, uma CPI sobre essa situação, propondo 12 medidas que poderiam trazer soluções, entre elas a criação do Estatuto Penitenciário Nacional, que postulava separar os reclusos por tipo de delito e pena; previa inspeções mensais às carceragens por juízes de execução, Ministério Público, Defensoria e OAB, o que uniformizaria as condutas nacionalmente, evitando o caos de hoje. Os projetos visavam dar prioridade às penas alternativas, consideradas um meio para lidar com a superlotação do sistema, e outras medidas que objetivavam prover meios para a sustentação financeira. O dinheiro necessário, evidentemente, seria o mais difícil, assim como o é para Saúde Pública: nada parecido com a grana graúda e fácil despendida com os caríssimos estádios para a Copa do Mundo. A hipocrisia nacional faz o eleitor rejeitar a pena de morte e ficar com a consciência tranquila (afinal, é bom e caridoso cristão), mas aceita o detento viver pior do que qualquer cachorro de rua. Despejam-se os criminosos nas cadeias superlotadas, e, se a sorte ajudar, que sucumbam. Contudo, aquele prisioneiro vai sair muito pior da prisão e ameaçar ainda mais a nossa segurança e a de nossa família. É como colocar a sujeira sob o tapete. Mas ela transborda e vem sufocar todos nós.

Um comentário:

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