A semana passada começou com a posse dos novos
prefeitos e vereadores no Brasil. Aqui em Itabuna, Vane do Renascer se tornou
prefeito. E 20 novos nomes assumiram vagas na Câmara, com o acréscimo do Ruy
Porquinho, que, infelizmente, foi o único reeleito. Apenas se troca de caras e
nomes. Os problemas são os mesmos, os vícios, idem, e a hipocrisia de sempre.
No linguajar bem popular, "troca-se o caranguejo, mas a lama é a mesma".
A atividade política no Brasil é uma herança maldita secular que vem desde o
período colonial, passando pelo Império, desaguando na República, sempre com a
marca da corrupção, da bandalheira, do nepotismo, do empreguismo de aderentes,
da roubalheira e do assalto aos cofres públicos! Ser político no Brasil de há
muito é sinônimo de corrupto, ladrão, canalha, sem caráter. Embora existam as
pouquíssimas exceções. Mil personagens fazendo apologia dos maus políticos
foram criados na TV, no cinema, nos jornais, nas novelas, etc. Não é pra menos.
Os inúmeros escândalos que pipocam todos os dias na mídia são de deixar
qualquer meliante corado de vergonha. Com Congresso, Assembléias e Câmara
Municipais, que reúnem o que de pior existe na sociedade brasileira, bem lembram
o Brasil colônia, quando os maiores criminosos do Reino eram sentenciados e uma
das piores penas era ser mandado para o Brasil. Na Corte a pior condenação, o
pior castigo já tinha endereço certo: os quintos dos infernos - Brasil. Diz a
tradição que o primeiro advogado aportou por aqui por volta de 1530. Era um
ladrão de cavalos em Portugal. Que triste sina! Todo criminoso, todo condenado,
inclusive pela Santa Inquisição, que de santa não tinha nada, era despachado
para este fim de mundo. Era morte certa nas mãos dos índios, naufrágio das
caravelas, doenças tropicais, etc. Enfim, está no DNA dos brasileiros esta
cruz, esta sina. O Brasil é assim, como assim também é a Bahia e Itabuna. Ou
seja, estamos no mato sem cachorro... sem direito a comer caranguejo.

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