Uma pesquisa
realizada pelo Ministério da Saúde, em 2006, sobre os fatores que mais causam
doenças crônicas não transmissíveis - como problemas do coração e câncer -,
mostrou que o consumo abusivo de álcool está no topo da lista. Um em cada
quatro homens admitiu o consumo excessivo de bebidas. Entre as mulheres, o
porcentual é de 8,1%. É considerado abusivo o consumo de mais de quatro doses
por dia nos últimos 30 dias, no caso das mulheres, e mais de cinco doses para
os homens. Os resultados do estudo, feito em parceria com a Escola de Saúde
Pública da Universidade de São Paulo (USP), foram apresentados ontem, em
Brasília. No ano passado, foram feitas 54 mil entrevistas por telefone em todas
as capitais do país. O resultado geral mostra que 43% dos brasileiros estão
acima do peso, ou seja, com índice de massa corporal (IMC) superior a 25. O IMC
é calculado dividindo-se o peso pela altura ao quadrado. Já os obesos são 11,4%
da população. Os obesos têm IMC acima de 30. A prevalência de fumantes é de
16,2% dos brasileiros. Já os que têm pressão alta, ou seja, acima ou igual a
140 x 90 mmHg, são 21,6% da população. E os que têm diabetes mellitus, com
índice glicêmico acima de 126mg/dl, são 5,3%. Quase um terço da população
(29,2%) não faz exercícios físicos. Já o consumo regular de frutas e hortaliças
foi considerado modesto na maioria das capitais pesquisadas. O ministro da
Saúde, Agenor Álvares, informou que o ministério irá trabalhar mais ativamente
na promoção da saúde. `Hoje estamos focando fortemente a redução do consumo do
álcool, que é importantíssimo, e principalmente atacando o problema com nossa
política de incentivo à prática física, que é um projeto que nós temos, o
Pratique Saúde, para que se possam reduzir inclusive os outros fatores de
risco', afirmou. MORTES - De acordo com a publicação Saúde Brasil 2006, entre
os anos de 2002 e 2004, ocorreram cerca de 1,8 milhão de mortes por doenças não
transmissíveis, o que representa 61,8% do total de óbitos no período. Nesse
universo, as doenças cardiovasculares responderam por 27,5% das mortes. Por
ano, o gasto do Ministério da Saúde com consultas, internações e cirurgias das
doenças não transmissíveis chega a ser de R$ 10,9 bilhões. O levantamento da
prevalência entre brasileiros das principais causas de doenças não
transmissíveis, chamado de Sistema de Monitoramento de Fatores de Risco e
Proteção para Doenças Crônicas Não transmissíveis (Vigitel), será feito
anualmente. Por Risomar Lima.

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