O maior problema da saúde pública não está na falta de dinheiro, mas na desorganização e na ineficiência da gestão desses recursos, que geram problemas de acesso e cuidados especializados no SUS. Isso sem falar das longas filas, da falta de leitos, de médicos e de medicamentos, dos erros de diagnóstico e tratamento, entre outros problemas que diariamente são pauta na mídia.
As mazelas do Município são causadas por falta de uma
gestão eficaz, eficiente e profícua. É revoltante o colapso no funcionamento
dos programas e postos de saúde na cidade. Grande parte desses problemas poderia
ser sanada se a gestão apostasse em profissionais capacitados e habilitados
para gerir a coisa pública.
Atualmente, por exemplo, observamos que a atenção
básica e a própria cúpula da administração da Secretaria de Saúde, são confiadas
a pessoas sem a plena capacidade administrativa para desenvolver determinadas
atividades e tarefas. São profissionais com qualquer formação ou sem formação
nenhuma e, muitas das vezes, estão onde estão em razão de favorecimento e/ou
troca de favores.
Percebemos
essa falta de critério não só na saúde, mas entre outros setores como educação,
assistência social, etc. Enquanto o governo municipal praticar esse tipo de
gestão diletante, o Município não seguirá avante. Vamos continuar vendo os
recursos, fruto da alta carga tributária que tanto pesa no nosso bolso, sendo
mal empregados.
Reconhecemos
que os profissionais da medicina são imprescindíveis em um hospital, ou posto
de saúde, mas a gestão do setor precisa e deve ser tocada por pessoas
capacitadas e habilitadas para esta função, até porque é pertinente a adoção do
princípio da profissão regulamentada, garantindo que os serviços especializados
sejam prestados por pessoas com a qualificação exigida.
O gerenciamento exercido sem habilidade técnica numa secretaria
de Saúde, pode gerar muitos efeitos. No caso da má gestão de recursos públicos,
vemos os males que trazem para a qualidade de vida da população; a saúde econômica e financeira do Município.
Quem sofre com essa situação é o cidadão, que fica a mercê de serviços mal
prestados.
É
necessário que lutemos com afinco no sentido de que o setor público, no âmbito
de todos os poderes, compreenda a necessidade e a importância de deixarem os
Administradores profissionais assumirem a gestão mediante assunção dos cargos
que para seu desempenho ser imprescindível à formação técnico-científica em
Administração.
Até quando teremos pessoas inabilitadas comandando a secretaria de Saúde? Os líderes públicos deste Município precisam atentar para esta grave crise de gestão dos recursos públicos e reconhecer que, definitivamente, administração é para administradores. Somente após essa atitude poderemos ter, talvez, políticas públicas eficientes e que, de fato, atendam nossa sociedade.
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