Prefeitura Itabuna

Trief

Trief

17 de maio de 2025

ALIVIA PREFEITO: SAÚDE É O SETOR ONDE NÃO PODE HAVER NEGLIGÊNCIA

Péssima gestão faz a saúde não sair da UTI, enquanto a “Bruxa solta” permanece sem feitiço e milagres para justificar o marasmo e o sucateamento no setor!

    As notícias de repercussão nos últimos meses deixam uma certeza: a administração pública tem pressa para deixar a cidade pronta para a festa de São Pedro, cujo volume de investimentos de dinheiro público, será superior a 12 milhões de reais.

Há pressa em consolidar a cidade como um dos principais destinos turísticos na Bahia. Tudo isso é, sem dúvida, importante para o município e para a população. Os momentos de alegria e felicidade para a população são inquestionáveis. Mas um setor primordial parece ser relegado a um segundo plano por aqueles que têm a maior responsabilidade, as autoridades. A saúde é cada vez mais deixada de lado. Os investimentos, tão reivindicados por nós e essenciais para o setor, são encarados como dispensáveis.

Enfrentando, há tempos, uma série de dificuldades, a saúde aguarda sua vez, mas a verdade é que não pode esperar. Minhas constantes visitas aos hospitais, clínicas e postos de saúde do Município comprovam a carência do setor e alertam para a urgência do tratamento. Há filas de espera demais de milhares de pacientes para cirurgias e muitos são idosos e crianças.

Há emergências apinhadas com doentes – muitos em estado grave pelos corredores esperando horas por atendimento. Há um déficit diário de mais de uma dezena de leitos de UTI. Serviços e hospitais estão sendo sucateados por falta de recursos e infraestrutura. Os médicos enfrentam péssimas condições de trabalho, salários incompatíveis, vínculos trabalhistas precários. O que encontramos são equipes inteiras desfalcadas, cansadas, desmotivadas.

    A situação é grave ainda por outros motivos. A preceptoria está prejudicada e a transição entre os profissionais experientes e os recém-formados não tem sido feita com o devido cuidado. Médicos estão sendo demitidos e suas substituições são em quantidade insuficiente e qualidade duvidosa, porque novas equipes e serviços não se formam da maneira adequada para garantir um atendimento digno à população.

Quando cobramos soluções da administração pública, a resposta é sempre a mesma: falta de dinheiro; é o que ouvimos repetidas vezes. Já denunciamos incontáveis vezes os desmandos e o descaso e propomos ações que levem o poder público a agir e permitir à saúde sair a tempo da UTI e ser capaz de atender com profissionalismo, eficiência, infraestrutura e remédios os que mais precisam: a população em geral e a da nossa cidade, em particular.

A situação é de emergência. A saúde não pode esperar! Mortes e sequelas evitáveis estão acontecendo a cada minuto. Pacientes com câncer, HIV-Aids, hepatite e outras doenças graves estão perdendo a chance de cura e tratamento. Os programas para controlar o caos nas unidades funcionam precariamente. A prevenção e a promoção da saúde transformaram-se em devaneio. Enquanto pessoas morrem nas filas de espera de hospitais, pergunto: quem será responsabilizado por mais iniquidade com a população?

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comente no blog do Val Cabral.

Publicidade: