Não é segredo minha conduta de rejeição à pretensão do deputado estadual, Fabricio Pancadinha (SD), ser eleito prefeito de Itabuna. Nunca percebi nele condições técnicos e conhecimentos administrativos, para comandar uma Prefeitura com mais de 6 mil servidores. Todavia, considero importante Itabuna e o sul da Bahia, manter seu mandato atual.
Mesmo sendo contra a maioria das suas
destinações de recursos das emendas parlamentares impositivas, pois discordo do
uso de dinheiro público para realizações de festas, reconheço a necessidade da
sua vitória de reeleição, no prisma do adágio “ruim com ele, pior sem ele”!
Pancadinha reeleito e sabedor da importância de permanecer doando tratores,
ônibus escolares e ambulâncias para Itabuna.
Itabuna precisa de mais vozes na
Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), clamando por suas demandas emergentes e
prioritárias; denunciando mazelas sociais e reivindicando benefícios para a
melhoria da qualidade de vida do seu povo, com consequente desenvolvimento
humano. Os itabunenses não podem perder as condições de acolhimentos dos seus
enfermos, estudantes, concurseiros, que são propiciadas pelo mandato de
Pancadinha na capital baiana.
Estes fatos requerem que tenhamos
mais deputados estaduais e não percamos o único que possuímos. Mais deputados
em Salvador, também resultam em mais dezenas de assessores, atuando como
intercessores políticos e parlamentares, para facilitarem a comunicação da população
com o deputado. Essa é uma realidade ressaltada por uma mensagem musical do “Príncipe
do gueto”, Ygo Canério: “ou são nós, ou são eles” – E eles não fazem nada por
nós!
Ressaltados estes fatos, abordo
agora a decisão difícil de Pancadinha “virar a casaca”: sair do grupo de
oposição e embarcar na canoa “furada” da reeleição do governador Jerônimo
Rodrigues (PT) e numa conversa pessoal, com o próprio deputado em seu gabinete
em Salvador, ele me explicou, que sua reeleição seria impossível no grupo de
ACM Neto (UB), cujas únicas opções de filiações seriam nos partidos
Republicanos e no próprio União Brasil.
Em qualquer uma dessas duas
alternativas, sua necessidade de votação seria de dobrar os votos que o
elegeram em 2022 e este é um limite mínimo, sem nenhuma perspectiva de êxito.
Concordei com ele. Então ele me revelou ter sido procurado pessoalmente pelo governador,
mostrando-lhe suas possibilidades de ser reeleito pelo próprio Solidariedade e
sacou uma lista com filiados que serão candidatos, podendo viabilizar sua permanência
na Alba, caso ele obtenha a mesma votação que o elegeu.
Não deve ter sido uma decisão fácil, mas não houve outra possibilidade de viabilizar sua permanência ocupando vaga de titular na Alba. Sua mudança política foi estapafúrdia e sábia. Incompreensível para seus eleitores de rejeição ao PT e PCdoB, mas pertinente para se manter com prerrogativas e direitos de ajudar Itabuna, como está fazendo ao destinar 300 mil reais, para o centenário Abrigo São Francisco!
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