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Natal Itabuna

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Trief

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14 de janeiro de 2013

O SUL DA BAHIA PRECISA EXPLORAR MELHOR SUAS POTENCIALIDADES



Graças à radicalização mútua e crescente sobre o comportamento econômico frente às demandas ambientais e econômicas da região cacaueira, tornam-se remotas as chances de um aproveitamento de fato sustentável na escala apropriada para as necessidades de desenvolvimento do sul da Bahia. De um lado, batem-se os fundamentalistas verdes, em defesa da virgindade da mata atlântica, noutro canto, disparam os eucalipteiros, cafeicultores e defensores do desmatamento puro e simples. Em verdade, nenhuma das duas óticas radicalizadas se aproxima de uma posição que possa ser considerada justa e verdadeira. A intocabilidade de toda a mata atlântica e sua devolução a um período pré-1500 é uma alucinação despropositada. Assim como a exclusão de regras ambientalistas para nortear a exploração das matas sulbaianas é uma estupidez ignorante. Definir áreas para reservas intocáveis e perímetros liberados para tipos de exploração específicos é uma combinação difícil. Mas indispensável. Uma das principais questões a ser resolvida com rapidez diz respeito à liberação para o plantio de café e eucaliptos. Isto deve ser considerado como inegociável, assim como não se negocia os territórios de preservação integral. A própria concepção de grandes áreas contínuas para reservas indígenas deve ser revista, tal como deve ser tornada mais dura a legislação sobre a biopirataria e os crimes ambientais. Para o retorno do desenvolvimento sulbaiano se faz essencial, na região cacaueira, a combinação de projetos de grande envergadura como o Porto Sul, UFSBA, PAC do Cacau (e outras muitas promessas que precisam sair do papel) e revitalização da cacauicultura. Sem isso, um melhor futuro é insustentável, pois o próprio crescimento populacional da região não se sustenta com o ancestral método de exploração da monocultura do cacau. Esta combinação não é fácil, nem simples, e exigirá seriedade e tecnologia no planejamento e na execução dos manejos demandados por tão ousados e necessários projetos. Precisará também de muita coragem dos poderes públicos, pois será brutal a pressão contra a alternativa para o desenvolvimento do sul da Bahia.

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