Ninguém está apto a dizer-se preparado para suportar apunhaladas pelas costas e se conformar com ingratidões, vendo na sarjeta da podridão e infidelidade, amizades forjadas em décadas de convivência harmoniosa e que parecia ser tão consolidada quanto o aparecer da lua ao anoitecer! Numa sociedade cada vez mais individualista, o sentimento mais comum é a ingratidão. Algumas pessoas são derrotadas, na maioria das vezes, por si mesmas e pela sua própria personalidade de traidor!
Desde que o mundo é mundo sempre
existiu a traição; assim foi com Jesus Cristo, que foi traído por Judas e por
Pedro, que beijou sua face e depois o negou três vezes; Dalila que traiu
Sansão, Joaquim Silvério dos Reis que traiu Joaquim José da Silva Xavier, o
Tiradentes; Pedro de Cândido traidor de Lampião, Helena de Troia traiu Menelau,
rei de Esparta e Lula traiu quem acreditou que comeria picanha e hoje nem ovos
pode comer!
Portanto, há no sentimento da pessoa que foi traída, um ressentimento que muito dificilmente será esquecido e ainda que a traição seja perdoada, ela nunca poderá recuperar a confiança. A traição é uma patologia incurável. A ingratidão é uma das mais terríveis entre todos os defeitos de caráter do indivíduo. O traidor nunca terá como dimensionar a burrice de ter perdido um grande amigo. E o tempo não tardará a revelar que nada compensa a perda da credibilidade e de uma amizade!
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