Vane quer fazer o povo de Itabuna gritar Barrabás, Barrabás...
Nos últimos dias, com anuncio
de que o prefeito de Itabuna, Claudevane Leite (PRB), teria desistido de
concorrer a sucessão e a repentina mudança de rumos do seu grupo na eleição
itabunense, com o comunista Davidson na cabeça de chapa da coligação que deverá
ter o apoio prefeito mais rejeitado do sul da Bahia, parcela da base da
comunidade evangélica (Vanistas idem) tem se visto entre a resignação
pragmática que passa próxima ao silêncio ou a indignação de quem gostaria de
ver ainda esperança na diferença das coisas e que, nesse sentido, via um
resgate histórico na presença de Roberto José como prefeiturável do prefeito. As
críticas passam tanto pela histórica discrepância ideológica do Cristianismo com
o comunismo, quanto pela questão moral, já que o grupo liderado por Davidson
Magalhães é um dos mais notórios prejudicadores da administração de Vane do Renascer.
Em meio a uma forte despolitização (e um equivalente moralismo) do debate
político, tende a prevalecer a crítica não à aliança e submissão com o PC do B,
mas à figura do Davidson e o seu perfil predador. Tanto assim que algumas
defesas um pouco envergonhadas tendem a referir que “o importante é ganhar e
aderir por ser candidato de Vane”. Mas Davidson representa em Itabuna algo que
talvez algumas pessoas sequer tenham conhecido durante os últimos vinte e cinco
anos: uma voz escancarada do cinismo e demagogia, a fazer discurso de forte
viés autoritário, dialogando com o pior do senso comum e liderando feudos
sindicais, para uso descabido dos recursos dos trabalhadores em benefício partidário,
político e pessoal. Davidson e sua trupe dominam sindicatos, como se eles
fossem suas propriedades particulares e quem quiser que ouse contestá-los, ou
concorrer para defenestrá-los de lá. O problema de Vane apoiar Davidson para tentar
sucedê-lo, não é porque o comunista é um hipócrita ou simboliza o que há de
pior na gestão que deveria ser do PRB. Estes fatos são apenas dois elementos a
compor a figura pública. Apoiar Davidson é entregar o púlpido ao satanás e admitir
compor com o seu conteúdo materialista, ateísta e inconfessável. Davidson
sempre esteve do outro lado da cerca, do sindicalismo vil, maquinador e
maquiavélico. Relativizar isso é grave. E não há como apresentar Davidson como
“o novo” quando está aliado ao que há de pior do “velho”. Aliás, essa discussão
sobre “o novo” que vem para derrotar “o velho” é complexa e mereceria nota. Mas
aí é tema para outro debate.
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