Já por várias vezes abordei neste espaço alguns problemas que preocupam os jovens itabunenses. Escrevi várias vezes, por exemplo, sobre os problemas na educação. Hoje, quero abordar um problema sério que aflige a maioria dos jovens: o desemprego. Em Itabuna, as taxas de desemprego estão acima da maioria na zona urbana, sendo que grande parte da população jovem vive do setor informal, uma vez que o mercado tem uma série de limitações para jovens recém-formados, mesmo em áreas técnico-profissionais. Uma alternativa que tem sido muito propagada por vários setores da sociedade, dentre políticos, empresários, académicos, etc., é aquilo a que muitos chamam atividade autônoma. Mas o auto-emprego só existe quando estão agrupadas dois componentes: capital e conhecimento. Os Jovens podem ter o conhecimento, mas a grande questão é: onde vão buscar recursos financeiros para trabalharem com as suas iniciativas? Que fundo ou iniciativa existe em Itabuna para apoiar ações de geração de trabalho e de riqueza para a juventude itabunense? É preciso que o governo respeite a sua juventude e demonstre isso com ações. A Juventude já deu em Itabuna exemplos de coragem, bravura, sacrifício e luta e não se deve pensar que estas virtudes já não existem. Não basta, por exemplo, dizer-se que os jovens da zona rural devem ir para a cidade, é preciso que a cidade tenha algo que atraia os jovens. É preciso que o Governo não estrague as expectativas dos jovens que passaram a sua vida estudando e agora procuram emprego. É sabido, que quando a taxa de desemprego é alta, sobem proporcionalmente outros flagelos sociais. Falo por exemplo da criminalidade. Nos últimos anos o crime tem atingindo proporções alarmantes, e dimensões hediondas. No passado, os crimes mais regulares em Itabuna, eram os de furto de pequena escala, cometido geralmente no período da noite (roubo de galinhas, celulares, arrombamentos a casas, etc.). Agora, sentimos nos últimos tempos uma evolução na tipificação do crime para execução de pessoas, abusos e explorações de menores, assaltos a mão armada, chacinas, etc., chegando os meliantes a matar para ter êxito nos seus intentos, ações estas em que os criminosos executam em plena luz do dia. Se o Estado não se esforçar em proporcionar emprego para os jovens, a criminalidade vai crescer cada vez mais em Itabuna. E parece que não se tem esforçado nada. Repare-se por exemplo nos grandes projetos de investimento que existem neste momento na Bahia: quase todos restritos aos municípios de Salvador, Camaçar e Feira de Santana. O resto da juventude baiana, fica ao "deus dará"!
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