O sacrifício que tirou a vida estupidamente de 237 jovens universitários,
faz-nos lembrar de outras tragédias ocorridas como o Edifício Joelma, em 1974,
com 184 vítimas; o acidente do avião da TAM em congonhas em 2007, que matou 199
pessoas. O voo 1907 da Gol, que, ao chocar-se com outra aeronave, em 2006,
vitimou 154 passageiros. Nada, nada se compara ao que aconteceu na madrugada
daquele domingo em Santa Maria. O País ficou em estado de choque. Na fatídica
madrugada de 27 de janeiro, foram embora centenas de esperanças de um Brasil
melhor. Sufocados pela fumaça venenosa, jovens com idades entre 16 e 22 anos
levaram ao desespero pais e mães que deram suas vidas investindo para fazer
dessa garotada cidadãos de bem no futuro. Quem sabe, muitos deles poderiam
talvez, mudar o destino desta Nação na política, na tecnologia, na medicina, no
direito, enfim, nas muitas atividades profissionais que um país emergente pode
oferecer? De quem é a culpa da carnificina? Parece fácil arranjar culpados
agora. Acusar os donos da boate? Prendê-los, algemá-los? Será esse o melhor
caminho? Sinceramente, não creio. Provavelmente, é a maneira mais fácil de
justiçar a omissão. E os órgãos municipais, estaduais que deveriam exercer o
papel fiscalizador, não respondem por nada? Só depois da tragédia em Santa
Maria é que as autoridades do meu país estão descobrindo que as casas de shows
e espetáculos, quase nenhuma está em situação regular de funcionamento. Daí,
entendo que os donos da Kiss não podem ser punidos sozinhos. As
responsabilidades devem e precisam ser divididas.

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