Com toda a razão, muitos
governos municipais na Bahia afora estão apavorados com a hipótese de ficarem
com redução drástica do repasse do Fundo Municipal de Participação (FPM). Justo
temor, pois a maioria das cidades depende dessas dotações para as despesas
essenciais. Esses recursos são distribuídos pela União aos municípios segundo
critérios de proporcionalidade ao coeficiente individual de participação
resultante do produto do fator representativo da população de cada município.
Os índices de repasse do FPM são calculados pelo Tribunal de Contas da União,
utilizando como fatores a população e o universo da renda per capita. Não se
trata de uma benesse, portanto, o rateio do FPM entre os Municípios, posto esse
imposto ser gerado e recolhido em função da atividade econômica desenvolvida em
cada cidade. O grande problema, para a maioria dos municípios, é que a
indigência dos recursos amealhados pelos tributos tidos como “locais”, é
insuficiente para o custeio de setores básicos ao funcionamento das estruturas públicas
municipais. Sem o numerário proveniente do FPM, as máquinas param. Simples
assim. Em conversa recente com o deputado federal Roberto Brito (PP), fui
informado da perspectiva de queda de 30% no repasse do FPM de Itabuna. Embora o
percentual não tenha sido divulgado nas matérias distribuídas pelo setor de
comunicação da Prefeitura, quem aqui vive tem plena consciência que a sobrevivência
da Municipalidade está diretamente vinculada a esse repasse, além de outras
destinações vindas da União e do Estado. Urge uma solução rápida e eficaz para
evitar a tragédia, assim como é urgente a fixação das novas regras do FPM para
que este espectro mortal não volte a pairar, exatamente, sobre Itabuna e demais
cidades brasileiras.

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