Sem nenhum resquício de equívoco, considerando-se a
qualidade e a diversidade dos produtos oferecidos, o Centro Comercial de
Itabuna é um dos mais importantes em todo o sul da Bahia. Por outro lado, sem
tentar tapar o sol com peneira, do ponto de vista da higiene é um dos mais imundos
do estado, quiçá do país. Retornando aos pontos positivos, é de se
aplaudir a variedade dos produtos lá comercializados. Carnes de todos os tipos,
aves, peixes, moluscos, crustáceos... Numa profusão de cores, texturas, aromas como
em poucos lugares da região. Porém, em torno dessa riqueza, espalha-se o lodo
da desvalorização para com os bens intangíveis. A imundície teimosa enfrenta e
finda por suplantar todas as tentativas de assear o tradicional mercado. Com
razão, reclamam comerciantes e usuários. O cenário que emerge na histórica área
da maior feira itabunense é de uma repugnante imundice. Como fazer para
enfrentar e vencer tamanha sujidade? Verdade é que a principal responsabilidade
é do poder público. Mas essa culpabilidade é mais grave pela falta de
eficiência em assegurar a educação sanitária mínima ao conjunto dos feirantes
que pela ineficiência em garantir em funcionamento a infraestrutura para seu
asseio cotidiano. Precisa-se de projetos de revitalização. Mas é
também preciso um acompanhamento permanente, diuturno, capaz de garantir que a
atividade feirante não se realize de forma tão suja. Não são poucos os
peixeiros que se especializaram em decapitar os pescados de forma que sangue e
escamas são atirados como projéteis num raio de vários metros; poder-se citar
também a incrível capacidade de parte dos comerciantes em espalharem os
resíduos, basta olhar ao longo de meios-fios, margens das vias, em torno das
barracas... Necessita-se tanto ou mais de uma ação educativa
acompanhada de uma fiscalização rigorosa que de projetos revitalizadores. Ou
melhor, a revitalização deve começar pela reeducação, pela observação de normas
higiênicas como base, princípio, para a atividade feirante.

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