A aposentada Josefa Andrade, de
74 anos, morreu na unidade de Pronto Atendimento São José, em Campinas, nesta
quinta-feira, 19, após 36 horas de espera por uma vaga em uma Unidade de
Terapia Intensiva (UTI) em hospitais da cidade. Josefa foi enterrada nesta
sexta-feira. A paciente deu entrada na unidade na terça-feira e, segundo
parentes, recebeu o diagnóstico de suspeita de virose. Ficou em uma maca da
unidade e foi medicada, mas nos dias seguintes piorou e, após sinais de
insuficiência respiratória, foi entubada. Seguindo o trâmite normal, o pronto
atendimento acionou a central de vagas de urgência e emergência, que deu início
à busca por um lugar em uma UTI. Segundo informou o secretário de Saúde,
Fernando Brandão, Campinas perdeu 77 leitos comuns no ano passado e conta hoje
com 563 leitos comuns e 62 leitos do Sistema Único de Saúde (SUS) para UTI
regulados pelo município. "Até então não havíamos tido problemas com UTI.
Ontem (quinta) ocorreu uma situação de pico, com ocupação de 100% e a
necessidade de manter essa paciente no pronto atendimento", afirmou.
Segundo disse o secretário, os pronto atendimento possuem condições de garantir
estabilização clínica do paciente. "Não sabemos se seria diferente se ela
estivesse em uma UTI", disse. Para o secretário, não houve negligência.
"Vamos avaliar o caso, mas não abri sindicância, pois foi todos os
esforços, dentro das condições, foram feitos", afirmou.

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