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10 de fevereiro de 2012

A “ÓPERA-BUFA” NO ENFRENTAMENTO DAS DROGAS

Ninguém nunca disse ser simples enfrentar a questão das drogas. Mas por trás das alternativas de soluções e debates sobre essa tragédia humana, tão antiga quanto complexa, muitos se amarram a propostas simplistas, quando não simplórias, para o enfrentamento eficaz deste problema epidêmico. O exemplo da recente iniciativa de desocupação da Cracolândia, em São Paulo, é um dos mais ricos na exposição dessas frágeis e contraditórias teorias sobre o como melhor abordar a questão da droga. Em essência existem dois suportes simplistas básicos para essa complicadíssima questão. São duas faces duma mesma moeda. Falsa moeda, diga-se logo de início. De um lado estão os que defendem a ação repressora como panacéia; noutro lado fixam-se a turma da tolerância com o vício e da compaixão para com o viciado. Um só enxerga o traficante, desdenhando o viciado. Outro só vê o viciado, fechando os olhos para o traficante. Ambos estão errados. Esses dois lados da mesma moeda falsa se digladiam cotidianamente, inutilmente. Na “ópera bufa” da Cracolândia, cada time tem jogado o mesmo jogo: centra nos problemas comuns para destruir as opções de solução proposta pelo adversário. ONGs e entidades do tipo defendem o rápido fim da zona livre da traficância e consumo de drogas em pleno Centro da maior cidade brasileira; Simpatizantes das ações unicamente repressoras apontam, eufóricos, para a desativação de um dos mais desprezíveis e promíscuos perímetros urbanos no mundo. Cada um só enxerga os erros da tática alheia e o que considera seus próprios acertos, e o problema segue adiante, sem que uma solução efetiva seja construída. Em verdade, para desgosto de ambos os lados, qualquer equacionamento sério para o problema das drogas e do tráfico terá de associar ações repressoras com iniciativas sociais. Reprimir e recuperar são as duas faces da verdadeira moeda. Uma mesma política, com dois braços, terá de ser posta em prática: uma mão direcionada para o traficante, outra mão voltada para o viciado. Sem esse tipo de abordagem dupla não haverá solução.

4 comentários:

  1. Clodoaldo Marques11 fevereiro, 2012

    A pessoa que se droga precisa de ajuda psicológica,pois é uma pessoa que não é capaz de resolver sua vida sem a juda de outras pessoas.Ao mesmo tempo como acabar com os traficantes num país que o povo tem uma renda de miséria e acaba traficando pra ter um pouco mais de dinheiro pra sua sobrevivência? Enquanto nosso País não colocar a cultura do povo em primeiro lugar,vai ser difícil resolver este problema e outros tb que exigem informação e educação.

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  2. Acho um absurdo aquelas propagandas de drogas (tipo, álcool) com artistas simpáticos cantando músicas que não saem da mente, desde pequena uma criança ouvindo e vendo isso, jamais vai se sentir um drogado consumindo esse tipo de drogas, só pq elas são "legalizadas". Paulo Sérgio Tavares Jr.

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  3. Val Cabral, as pessoas que usam drogas são dontes e só precisam de uma saída para suas vidas, elas usam, usam, usam dorgas até chegar a hora em que não tem mais dinheiro para alimentar seu vício... aí compram fiado dos traficantes e depois não podem pagar, aí são assassinadas a sangue frio sem dó e sem piedade.
    Quem precisa ser exterminados ´são os traficantes que só querem o dinheiro do lucro do trafico não importa quantos precisem matar.
    Kleber Barreto

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  4. Amigo Val Cabral, se não houver usuários não existirão também os traficantes...óbvio né? Então....!!!
    Jorge Sales

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