HÁ ONZE ANOS ATRÁS EU JÁ DENUNCIAVA QUE GERALDO ERA CLONE DE FERNANDO

Há muito tempo, já escrevi aqui, ganho a vida com a minha escrita. Se há coisa que faço sem dificuldade ou sofrimento, essa coisa é escrever. Gostem ou não do resultado final, modéstia à parte, conheço um bom par de caminhos para atravessar o mar de letras e palavras. E, mesmo assim, há momentos em que mal sei por onde começar. Como comentarista ou como analista? Escolho a primeira vertente. Isto para abordar o mais recente episódio envolvendo os dois maiores protagonistas da política itabunense: Geraldo Simões e Fernando Gomes. Ânsia de vômito era o que provocava Fernando Gomes aos petistas, até ontem de ontem! É isto mesmo: o ex-prefeito Fernando Gomes, não é mais “persona no grata” para aderentes e lacaios de Geraldo Simões. Fernando vendeu a Rádio Difusora para seu ex-arquiinimigo Geraldo e ontem deu entrevista a imprensa, ressaltando a perspectiva de apoiar Juçara Feitosa para prefeita. Duvido que qualquer pessoa, que tenha vivenciado os últimos 30 anos da política em Itabuna, que o tenha ouvido, não tenha evitado um misto de nojo e revolta. Ele fez a mais enfática e absoluta defesa da prática de se aliar a inimigo, como fizera no passado, para atingir seus objetivos. Imagino o que sente um petista que tenha sido convidado, num passado recente, a combater Fernando Gomes, tendo que o aplaudir no desenrolar das eleições deste ano. Cuma mudou? Continua o mesmo! Geraldo mudou? Continua o mesmo. O PT mudou? Não. Atenção: ele também continua o mesmo. A única diferença é que, antes, eles tinham vergonha na cara. O que vale como critério agora, para definir quem presta e quem não presta é a pessoa ser ou não aliada. São os protagonistas da vanguarda do retrocesso. Se estão todos do mesmo lado agora, é porque sentem que o povo já não está do lado deles. O cinismo do Geraldo continua o mesmo. Os cabelos de Fernando Gomes estão mais brancos, mas a voz e a grosseria de que é capaz continuam rigorosamente as mesmas.