Quando o assunto é a ameaça de reeditar o famigerado “imposto do cheque”, estou perfeitamente sintonizado com os pontos
de vista externados por segmentos do setor produtivo baiano, alguns dos quais ratificados por dirigentes de entidades representativas dos trabalhadores e por conceituados economistas: sou contra o retorno da CPMF. É bem verdade que a presidente eleita, Dilma Rousseff, ainda não se posicionou acerca da possibilidade de reativação dessa contribuição, mas o tema foi estranhamente ressuscitado na mídia nacional, logo após a eleição, em alguns pronunciamentos de figuras proeminentes da República, que mencionaram a CPMF como revigorante das contas nacionais, até especificando o financiamento específico da saúde como justificativa possível para se tornar a cobrança mais tolerável ao País. Por antecipação, considero essa agenda uma espécie de estelionato eleitoral. A possibilidade de o novo governo encaminhar ao Congresso Nacional um projeto dessa natureza é ofensivo ao processo democrático brasileiro, uma vez que ele não foi mencionado por nenhuma candidatura, em momento algum dos dois turnos das eleições. E o debate, mesmo elementar, já aparece apimentado de escapatória. Um deles é o de que a CPMF, ao retornar, traria um suposto benefício colateral de oferecer ao governo da União um instrumento poderoso de combate à sonegação. Tal argumento cai por terra quando se verifica a existência de instrumentos eficazes de fiscalização já à disposição da Receita Federal. Os bancos são obrigados a informar à Receita todas as movimentações de correntistas que superem R$ 5 mil por semestre. No caso das empresas, esse valor chega a R$ 10 mil. Portanto, a questão é outra: há necessidade de abarrotar o caixa governamental para harmonizar o crescimento vertiginoso dos gastos públicos brasileiros. É preciso reduzir despesas, cortar gastos supérfluos, incentivar a produção, gerar empregos, aplicar de forma otimizada os recursos do PAC em infraestrutura e proporcionar ao Congresso Nacional as condições políticas necessárias à discussão e aprovação de uma justa reforma tributária. Os dados comprovam o fato de o Brasil ser o terceiro País no mundo com maior carga tributária. Se os ombros dos brasileiros já estão sobrecarregados de tributos, então é hora de debater o destino da montanha de recursos arrecadados, dentro do espírito do federalismo, que precisa ser praticado tal como preceitua a Constituição Federal, pois não há justiça quando se tratam os desiguais de maneira igualitária.
de vista externados por segmentos do setor produtivo baiano, alguns dos quais ratificados por dirigentes de entidades representativas dos trabalhadores e por conceituados economistas: sou contra o retorno da CPMF. É bem verdade que a presidente eleita, Dilma Rousseff, ainda não se posicionou acerca da possibilidade de reativação dessa contribuição, mas o tema foi estranhamente ressuscitado na mídia nacional, logo após a eleição, em alguns pronunciamentos de figuras proeminentes da República, que mencionaram a CPMF como revigorante das contas nacionais, até especificando o financiamento específico da saúde como justificativa possível para se tornar a cobrança mais tolerável ao País. Por antecipação, considero essa agenda uma espécie de estelionato eleitoral. A possibilidade de o novo governo encaminhar ao Congresso Nacional um projeto dessa natureza é ofensivo ao processo democrático brasileiro, uma vez que ele não foi mencionado por nenhuma candidatura, em momento algum dos dois turnos das eleições. E o debate, mesmo elementar, já aparece apimentado de escapatória. Um deles é o de que a CPMF, ao retornar, traria um suposto benefício colateral de oferecer ao governo da União um instrumento poderoso de combate à sonegação. Tal argumento cai por terra quando se verifica a existência de instrumentos eficazes de fiscalização já à disposição da Receita Federal. Os bancos são obrigados a informar à Receita todas as movimentações de correntistas que superem R$ 5 mil por semestre. No caso das empresas, esse valor chega a R$ 10 mil. Portanto, a questão é outra: há necessidade de abarrotar o caixa governamental para harmonizar o crescimento vertiginoso dos gastos públicos brasileiros. É preciso reduzir despesas, cortar gastos supérfluos, incentivar a produção, gerar empregos, aplicar de forma otimizada os recursos do PAC em infraestrutura e proporcionar ao Congresso Nacional as condições políticas necessárias à discussão e aprovação de uma justa reforma tributária. Os dados comprovam o fato de o Brasil ser o terceiro País no mundo com maior carga tributária. Se os ombros dos brasileiros já estão sobrecarregados de tributos, então é hora de debater o destino da montanha de recursos arrecadados, dentro do espírito do federalismo, que precisa ser praticado tal como preceitua a Constituição Federal, pois não há justiça quando se tratam os desiguais de maneira igualitária.
EU SABIA QUE DILMA TRAZIA CONSIGO UM SACO DE MALDADDES. E EU ACHO É POUCO!!! CARLOS CONRADO
ResponderExcluirMais um imposto, aff....
ResponderExcluirNinguem merece, hehe....
Rildo
Prezado amigo Val Cabral
ResponderExcluirEu acho um absurdo ressuscitar a CPFM, sendo que temos um "bilhete premiado" segundo a Dilma, com o pré-sal. O lucro da venda desse petróleo de alta qualidade seria gasto, segundo ela, com SAÚDE, educação, cultura e meio ambiente. Então não há necessidade de aumentar a carga tributária brasileira, que já é enorme.
Paulo do Pontalzinho
paupont@bol.com.br
Prezado amigo Val Cabral
ResponderExcluirNo Brasil só bandido tem direito, aliás as leis foram feitas por bandidos obviamente para impedir que outros fossem presos, mas a desculpa é que todo mundo tem direito a defesa, mesmo se for pego matando um, ainda pode falar que não foi ele e se livrar, mas com certeza um in-duto de natal para fugir vai ter, porgue o governo náo quer que o cara fique preso da despesa para o estado. Imagina imposto então, temos que financiar a farra do legislativo, viagens, garotas de programa, a cachaça do presidente e claro uma fazendinha de agrado para seu filho querido que merece claro. Nem se tivesse verba para a saúde o serviço seria de qualidade porque trabalharia o filho de tal politico parente de num sei quem, e por ai vai, ai como sempre o dinheiro acaba, mta gente mamando na mesma vaca.
Paulo do Pontalzinho
paupont@bol.com.br
Val Cabral
ResponderExcluirSe fosse FHC os petralhas de plantão estariam aqui xingando até a 10ª geração dele, agora como é para favorecer o governo do PT, eles vem dizer que o imposto é bom, que a saúde precisa, que ajudou a pegar bandido de colarinho branco. Hipócritas!
Guilherme Santos
Eu não sou a favor de imposto para a saúde, o serviço é uma droga, eu não confio no serviço prestado pelo governo federal e governos estaduais e municipais e gostaria de pegar o dinheiro dos meus impostos para pagar um plano de saúde particular. Eu não tenho esse direito?
ResponderExcluirRicardo Pereira de Freitas