Vai chegando o final de ano e as pessoas começam o planejamento para as festividades. Natal, a farta ceia, o Ano Novo, e a mesa ainda mais farta para
o réveillon. É chegado também o momento de agradecer, tanto pelas graças alcançadas, quanto pelas dificuldades enfrentadas que servirão para o fortalecimento do corpo e da alma. Quando ainda pequeno ouvi pela primeira vez um conto, que perfeitamente pode ser uma metáfora. O conto fala sobre a ingratidão das pessoas que, perfeitamente pode ser retratado em tantas placas de caminhões nas milhares de estradas do nosso país. Mas vamos a estória, pelo menos da forma que me lembro. Um jovem rezava todos os dias para os anjos pela graça de passar nas provas escolares, isso porque chegara o final de ano e ele - o ano - havia sido curto para as brincadeiras com os amigos, as faltas para outras emergências que não a escola, não sobrando tempo para estudar. Numa noite de Lua cheia resolveu rezar insistentemente, fazendo até o cansaço vencer e acabar dormindo ainda ajoelhado ao pé da cama. Sua mãe viu a cena e o aleitou na cama, cobrindo-o com o lençol e, no pé de sua cama, também fez um pedido. Mas desta vez não era para o filho passar e sim agradecendo pelo filho obediente e prestativo que tinha, apesar do pouco interesse que tinha nos estudos. O pequeno estudante, que iremos chamar de Zezinho, se viu em um limbo totalmente branco sem ninguém, imaginando ser ali o Céu. Apesar do medo momentâneo, sentia tranquilidade no lugar e resolveu encontrar alguém. Após alguns minutos de caminhada percebeu um vulto que, aproximando-se, percebeu tratar-se de um anjo, com imensas asas. Zezinho logo imaginou: -Vou pedir para ele para passar de ano. Aproximou e percebeu que o anjo resmungava e reclamava de tanto trabalho que tinha. Mesmo assim arriscou: - Seu anjo me ajuda a passar de ano? - o anjo fitou-o, se voltou para os lados, como se procurasse um acompanhante para o jovem. Abaixou a cabeça, olhando fixamente para Zezinho e respondeu: - Não posso, tenho muitos pedidos. Vá a aquele ali. Veja se ele pode auxiliá-lo - respondeu apontando para uma figueira, onde prostrava outro anjo, comendo uma maçã. Zezinho agradeceu e correu, voltando a pedir: - Seu anjo me ajuda a passar de ano. O anjo levantou a cabeça com certa preguiça e soltou um grande bocejo antes de responder: - Desculpa meu jovem, mas sou o anjo dos agradecimentos pelas graças alcançadas e como ninguém nunca agradece-as, fico assim o dia inteiro. Zezinho emendou: - E o anjo dos pedidos, aonde encontro? Como resposta Zezinho recebeu um dedo indicador apontado justamente para o primeiro anjo que encontrara, super ocupado. Ou seja, muitos pedem, mas poucos agradecem. Muitos recebem, mas poucos compartilham. Zezinho acordou e nunca mais precisou rezar para passar de ano, mas passou a agradecer a cada graça alcançada. E você já agradeceu as graças do ano?
o réveillon. É chegado também o momento de agradecer, tanto pelas graças alcançadas, quanto pelas dificuldades enfrentadas que servirão para o fortalecimento do corpo e da alma. Quando ainda pequeno ouvi pela primeira vez um conto, que perfeitamente pode ser uma metáfora. O conto fala sobre a ingratidão das pessoas que, perfeitamente pode ser retratado em tantas placas de caminhões nas milhares de estradas do nosso país. Mas vamos a estória, pelo menos da forma que me lembro. Um jovem rezava todos os dias para os anjos pela graça de passar nas provas escolares, isso porque chegara o final de ano e ele - o ano - havia sido curto para as brincadeiras com os amigos, as faltas para outras emergências que não a escola, não sobrando tempo para estudar. Numa noite de Lua cheia resolveu rezar insistentemente, fazendo até o cansaço vencer e acabar dormindo ainda ajoelhado ao pé da cama. Sua mãe viu a cena e o aleitou na cama, cobrindo-o com o lençol e, no pé de sua cama, também fez um pedido. Mas desta vez não era para o filho passar e sim agradecendo pelo filho obediente e prestativo que tinha, apesar do pouco interesse que tinha nos estudos. O pequeno estudante, que iremos chamar de Zezinho, se viu em um limbo totalmente branco sem ninguém, imaginando ser ali o Céu. Apesar do medo momentâneo, sentia tranquilidade no lugar e resolveu encontrar alguém. Após alguns minutos de caminhada percebeu um vulto que, aproximando-se, percebeu tratar-se de um anjo, com imensas asas. Zezinho logo imaginou: -Vou pedir para ele para passar de ano. Aproximou e percebeu que o anjo resmungava e reclamava de tanto trabalho que tinha. Mesmo assim arriscou: - Seu anjo me ajuda a passar de ano? - o anjo fitou-o, se voltou para os lados, como se procurasse um acompanhante para o jovem. Abaixou a cabeça, olhando fixamente para Zezinho e respondeu: - Não posso, tenho muitos pedidos. Vá a aquele ali. Veja se ele pode auxiliá-lo - respondeu apontando para uma figueira, onde prostrava outro anjo, comendo uma maçã. Zezinho agradeceu e correu, voltando a pedir: - Seu anjo me ajuda a passar de ano. O anjo levantou a cabeça com certa preguiça e soltou um grande bocejo antes de responder: - Desculpa meu jovem, mas sou o anjo dos agradecimentos pelas graças alcançadas e como ninguém nunca agradece-as, fico assim o dia inteiro. Zezinho emendou: - E o anjo dos pedidos, aonde encontro? Como resposta Zezinho recebeu um dedo indicador apontado justamente para o primeiro anjo que encontrara, super ocupado. Ou seja, muitos pedem, mas poucos agradecem. Muitos recebem, mas poucos compartilham. Zezinho acordou e nunca mais precisou rezar para passar de ano, mas passou a agradecer a cada graça alcançada. E você já agradeceu as graças do ano?
Amigo Val Cabral, é necessário voar sempre num grande voo de liberdade e sempre por onde passar deixar a marca da grande presença... e sempre agradecer por tudo o que de bom acontece em nossas vidas.
ResponderExcluirMário Cordeiro de Melo
Amigo Val Cabral,
ResponderExcluirSem nos conhecermos pareceu-me, contudo, que já éramos velhos conhecidos (mistérios que sós as vidas sucessivas explicam...).
Foi muito proveitoso em todos os sentidos o nosso convívio...
Sem lamentações e tristezas, a vida continua... e é preciso caminhar sempre, talvez por outras praias, outros trilhos.... onde novamente nos encontraremos.
Um fraternal abraço
Rita de Cássia Nogueira
Amigo Val Cabral,
ResponderExcluirSem nos conhecermos pareceu-me, contudo, que já éramos velhos conhecidos (mistérios que sós as vidas sucessivas explicam...).
Foi muito proveitoso em todos os sentidos o nosso convívio...
Sem lamentações e tristezas, a vida continua... e é preciso caminhar sempre, talvez por outras praias, outros trilhos.... onde novamente nos encontraremos.
Um fraternal abraço
Rita de Cássia Nogueira
Voce Val Cabral, como tantos, e como poucos, especialmente, teve a humilde grandeza de saber chegar com suas palavras na rádio e suas escritas aqui no blog, entrar e penetrar no coração de tantos de nós, se não todos nós, na sua forma de bem se comunicar, mas não é disto a que quero me referir.
ResponderExcluirQuero dizer é que pude admirar a um intelectual de mão cheia. Mão cheia, cheia de cultura, de bondade e de grandeza.
Saiba Val Cabral, que a maneira como a mim, especialmente me tratou, me deixou uma extraordinária impressionante de boa índole. Tenho muito, aprendi muito, recebi muito com voce. E Endosso suas palavras,
um abraço
André Tavares
Você é o máximo, cara, escreve muito bem. Curto seu destemor, seu talento... sou sua fã!
ResponderExcluirAbraços mesmo!!!
Rosângela Lima
BELO TEXTO.
ResponderExcluirPARABÉNS VAL.
NUNES
"Na primeira noite eles se aproximam
ResponderExcluire roubam uma flor
do nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem;
pisam as flores,
matam nosso cão,
e não dizemos nada.
Até que um dia,
o mais frágil deles
entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a luz, e,
conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E já não podemos dizer nada." (MAIAKOVISKI)
Fernando Dantas
Obrigado meu deus! pelo o que sou, pelo o que tenho como minha familia, meus amigos, meu trabalho e a voce val por da a mim e ha tantas outras pessoas a chance de esta lendo seus textos, nos dando a chance de nos defendermos, de buscarmos informaçoes. As vezes sao textos, que nos dao vontade de gritar! gritar pela imcapacidade de resolver o que nos atormetam, as vezes feliz por trazer uma noticia boa e assim por diante...
ResponderExcluirLinda H.