O eleitor se vende, se prostitui, se omite, denigre e alimenta o sistema de corrupção e depois responsabiliza o político por todas as mazelas praticadas por políticos e governantes. O eleitor elege ladrão, assassino, mercenário, prostituto, demagogo e abutre de todas as espécies. Ele defende o indefensável, briga por aquilo que não é seu, se nivela por baixo ao aceitar ser usado como massa de manobra e trampolim eleitoreiro e ainda cultua o político como se o político fosse um semideus.
O eleitor critica os erros do político,
mas ele, o eleitor, continua praticando os mesmos erros da corrupção, da
política e, sobretudo, da moral. Depois ele sai blasfemando ao vento afirmando
que o político não presta, é um capeta, um cão devorador...
O eleitor é mesmo contraditório e
incoerente. Ele qualifica o político com adjetivos pejorativos. No entanto,
vota em candidato porque ele é familiar ou parente de político, porque tem
“sangue azul”, porque é novo e bonito, porque tem dinheiro, porque está na
crista da onda; enfim, porque ele, o eleitor, é mesmo um idiota.
Se o político é responsável pelas
mazelas que sufocam o país, o eleitor é responsável pela delegação de poderes
concedidos aos bandidos investidos de cargos públicos eletivos. Se o político é
responsável pelo saqueamento dos cofres públicos, o eleitor é responsável pela
eleição de ladrões.
Na verdade, o eleitor é um político sem mandato que fomenta a corrupção na política. É por isso que existe o político ave de rapina, abutre e peçonhento.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comente no blog do Val Cabral.