O PMDB ouviu o
Raul Seixas dizer que "quando se quer
entrar num buraco
de rato, de rato você tem que transar!"
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A lista de Fachin, as reformas da
Previdência e trabalhistas e a baixa popularidade do presidente Michel Temer
(PMDB) gera um efeito negativo dentro do partido governista. Conforme
reportagem publicada no Estado de São Paulo desta terça-feira (18), pelo menos
seis dos 64 integrantes da bancada, a maior da Câmara, admitem que já
conversaram com outras siglas para onde possam migrar. Ainda de acordo com
grupo, o número de interessados em deixar a sigla é bem maior, mas por enquanto
preferem manter as articulações sob sigilo. O próximo período previsto para
mudança partidária sem risco de perda de mandato é em março de 2018, seis meses
antes das eleições. Entre os argumentos apresentados para a saída coletiva
estão os efeitos da Operação Lava Jato no eleitorado, reforçado pela lista de
inquéritos autorizados pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson
Fachin com base nas delações da Odebrecht, que atingiu oito ministros do
governo Michel Temer. Dos 98 investigados da lista, 17 são do PMDB. A legenda
só fica atrás do PT, que tem 20 investigados. O movimento é mais forte no Rio
de Janeiro, mas também atinge as bancadas do Paraná e Minas Gerais. O
vice-presidente nacional do PMDB, o deputado João Arruda (PR) admitiu que está
conversando com o PDT. “A verdade é o seguinte: o projeto do PMDB hoje é
terminar o mandato do Michel. O PMDB não tem projeto para depois desse governo.
Não tem projeto para eleger governadores, presidente, enquanto outros partidos
têm projeto definido”, disse. Ele também citou como motivo para deixar a sigla
a agenda de reformas “impopulares” do governo.
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