Sistema Único de Saúde: maior e melhor
sistema
de promoção e prevenção à saúde (na teoria).
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Pacientes atendidos em corredores lotados
devido à falta de leitos e de macas; hospitais e postos que não têm
equipamentos para exames básicos, e aqueles que têm, são obsoletos ou
estragados pela falta de manutenção; usuários obrigados a se deslocar até os
grandes centros para receber assistência médica básica, ou para ter acesso a
tratamentos e exames mais detalhados; estão entre as deficiências. E estes são
fatos para gestores públicos terem que informar diretamente ao Ministério da
Saúde quais equipamentos e materiais permanentes estão faltando para ampliar o
atendimento e a assistência aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS).
Assim, o governo pretende identificar a necessidade de aquisição desses
produtos, criando um mapa da situação em cada estado. A promessa do MS é usar
os dados para promover ações destinadas a suprir a necessidade de equipamentos
como ressonância magnética, mamógrafos, tomógrafos e raio-x, desfibrilador,
bisturi elétrico e laser oftalmológico. Embora o direito à saúde seja um
preceito constitucional, “e um dever do Estado”, não constitui novidade afirmar
que o SUS tem falhas. Ao receberem como atribuição a Gestão Plena de Atenção
Básica, os municípios foram beneficiados pela criação do Piso de Atenção Básica
(PAB), no qual os recursos passaram a ser diretamente proporcionais ao número
de habitantes. Ao criar o PAB, em 1998, a União visou assegurar às prefeituras
condições de planejar as ações de saúde local. Muitas alcançaram avanços além
das diretrizes federais. Outras, porém, têm a municipalização apenas como
mecanismo para obter mais recursos, e pouco fazem para cumprir as normas do
PAB. Essa má gestão resulta em dificuldade de acesso aos serviços de atenção
básica, o que leva a população a buscar assistência nos serviços de emergência.
Dados oficiais mostram que até recentemente, mais da metade dos pacientes
atendidos na emergência apresenta problemas de baixa gravidade ou urgência. Situação
que tende a se agravar, pois, em decorrência da crise econômica, até junho do
ano passado, 1,6 milhão de usuários deixaram os planos de saúde, e são agora
uma sobrecarga no sistema público. Por isso, vale torcer que essa nova
iniciativa, que visa assegurar equipamentos às instituições de saúde, seja
eficiente para levar assistência onde de fato há carência.
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