A SEGURANÇA PÚBLICA ESTÁ EM CONDIÇÕES PREOCUPANTES

Quem tiver prestado atenção no início da semana passada em Itabuna, percebeu um nítido crescimento nos equipamentos de trabalho das polícias Militar e Civil. Até um helicóptero fazia vôos rasantes, exibindo policiais meio dependurados do lado de fora, comprovando bom treinamento. Ao chão, entretanto, é que a fartura era mais explicitada. Veículos em profusão. Cães fortes e adestrados foram atração, assim como as ações de combate do grupamento de elite e das “tropas de choque”. Entretanto, tudo isto apenas em um único dia. Mas antes e depois da semana passada, quais são os resultados de todo este enfrentamento? Tudo não passou de uma encenação governamental, para se mostrar que o Estado está atento ao crescimento da criminalidade em Itabuna. Pelo menos até então, o antes denominado “aparelho de segurança” ou estava em desuso ou não era considerado para defender o público prejudicado pela balbúrdia apresentada como “domínio dos raios A e B”. Choque de cidadania contra a violência? Nem pensar. Apesar da materialidade vista, o que se ouve cotidianamente é a voz incomodada das lideranças comunitárias a clamar contra a falta de mais policiais nas ruas, fato apresentado como justificativa para os preocupantes índices de criminalidade. E, em termos comparativos, nunca é demais lembrar que os salários pagos na Bahia não são os melhores do Brasil, embora o Estado siga como um dos piores nas questões de segurança pública. A verdade é que, com a decidida e decisiva ajuda do governo federal, pelo menos em termos materiais, as forças policiais baianas não estão mal servidas. Não se trata da perfeição sonhada, da modernidade absoluta e da fartura incontestável, isto é certo. Muitas são as debilidades materiais ainda a sanar. E quem arrisca a vida em serviço sempre merece melhor remuneração. Mas, verdade seja dita: diante destes fatos, o que está pegando mesmo para este estado de coisas seguir flagelando nosso povo?