O FISCO NOS FAZ PAGAR PELO QUE NÃO SOMOS SERVIDOS
Terminou
ontem o prazo para a entrega da declaração do Imposto de Renda. Como sempre,
pela tradição lamentável de alguns deixarem tudo para a última hora, a quarta-feira
foi extremamente tumultuada em todos os canais de envio do relato ao leão. Descontados
aqueles retardatários que correram para cumprir sua obrigação para com o fisco
até ontem pela manhã, o dia foi de total engarrafamento digital nos canais da
Receita Federal. Quem perdeu o prazo, que se encerra um segundo antes da
meia-noite da quinta-feira, ao comparecer, tardiamente, às garras leoninas,
será abocanhado em mais R$ 165,74 ou 20% do imposto devido, valendo entre os
dois índices de multa o de maior valor. Não houve desculpa para o atraso, pois
a tecnologia em muito facilitou a vida do declarante. Desde a informatização do
processo, o procedimento ganhou agilidade e clareza, embora os trabalhos
profissionais de um contador ainda sejam a melhor pedida para quem receba um
pouco além da faixa de isenção. A bem da verdade, o leão brasileiro deveria ser
rebatizado como Imposto sobre o Salário, pois o apetite do felino se revela
mais implacável sobre os proventos que sobre a renda propriamente dita. Isto
não é de hoje, mas a cada dia os assalariados sofrem mordidas mais profundas e
dilacerantes. Mas, abocanhado com ferocidade, o bom brasileiro reclama pouco. E
pouco exige em termos de devolução (serviços e obras públicas), apesar de
resmungar, genericamente, sobre o péssimo uso dos impostos. Mesmo que uma
parcela seja dedutível, os trabalhadores a cada dia gastam mais com saúde,
educação e segurança, cujas cobranças são tão maiores quanto é menor a
participação real do Estado no fornecimento desses serviços essenciais ao
público. Em todas as camadas sociais, os contribuintes são forçados a contratar
planos de saúde, escolas pagas e algum tipo de sistema de segurança privada
(vigias, equipamentos eletrônicos...) como forma de suprir a lacuna deixada
pelo Poder Público. E, enquanto isso, o velho e implacável leão vai ficando,
ano após ano, mais e mais faminto.
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